Última prova WorldTour da Temporada, Giro de Lombardia marca adeus de Nibali e Valverde

Chega ao fim a temporada 2022 de ciclismo profissional, duas provas encerram a temporada, a clássica Paris-Tours no domingo e o Giro de Lombardia neste sábado. Com a presença do campeão do Tour de France 2022 Jonas Vingegaard, do campeão do Giro d’Italia Jai Hindley e do bicampeão do Tour de 2020 e 21 Tadej Pogacar a Clássica das folhas mortas promete e muito.

 

Tadej Pogacar no Giro de Lombardia | Foto Divulgação
Tadej Pogacar no Giro de Lombardia | Foto Divulgação

O Giro de Lombardia tem transmissão pela DSports e GCN+, na plataforma da GCN+ a programação prevê transmissão das 04:55 até  12:55 deste sábado.

Giro de Lombardia – A Clássica das Folhas Mortas

Última das cinco monumentos do ciclismo (conheça mais sobre essas provas clicando aqui) o Giro de Lombardia ou Il Lombardia (“a Lombardia”) ou em português a Volta da Lombardia é conhecida como a Clássica das Folhas Mortas. Isso acontece devido a posição no calendário, já no rigoroso outono europeu onde as folhas caem. Disputada desde 1905, a prova sempre marcou o fim das competições de ciclismo na estrada.

Até 1961 a prova começou e terminou em Milão, principal cidade do norte italiano e com algumas variações a prova passou a largar de Bérgamo e chegar em Como.

Pogacar reencontra Vingegaard em uma prova icônica

Ao todo serão 253km de prova com subidas duras logo no início como o Passo di Ganda com seus 9,3km a 7,1% de inclinação. Uma das subidas icônicas é a Maddonna del Ghisallo (Nossa Senhora do Ghisallo), padroeira dos ciclistas e local de repouso da bicicleta utilizada por alguns ciclistas católicos no momento de sua morte. Logo ao lado da igreja está o Museu de Ciclismo de Ghisallo que tornou-se um ponto turístico.

A chegada em Como tem a passagem pela subida do Civiglio como marca, ano passado Tadej Pogacar atacou mais cedo no Passo di Ganda. Contudo apesar do favoritismo, Pogacar mostrou sinais de humanidade no Tour de France ao sucumbir aos ataques da Jumbo Visma e no último sábado não resistiu a Enric Mas.

Pelo que mostraram na temporada, Pogacar, o campeão do Tour Jonas Vingegaard e Enric mas sejam os maiores favoritos. Mas numa prova tão dura e longa muito pode acontecer. Nomes como Jay Vine (Alpecin) e Carlos Rodriguez (Ineos) podem estar no pódio, embora a festa pode ser completa com Valverde se despedindo com um pódio monumental.

Dia de reverências e homenagens a Vincenzo Nibali e Alejandro Valverde

Dois dos ciclistas mais importantes deste século se aposentam neste sábado. Vincenzo Nibali, o “Tubarão de Messina” encerra a carreira aos 37 anos sendo um dos sete ciclistas na história a vencer as três grandes voltas do ciclismo. Nibali venceu a Vuelta em 2010, o Giro d’Italia em 2013 e 2016 e o Tour de France em 2014. Além das vitórias em voltas, Nibali venceu as duas monumentos italianas, o a Milão San-remo de 2018 e o Giro de Lombardia por duas vezes, em 2015 e 2017.

Vincenzo Nibali e Alejandro Valverde
Vincenzo Nibali e Alejandro Valverde | Foto CorVos

Nascido em uma das regiões mais pobres da Itália na Sicília, Nibali ganhou o apelido da terra natal aos 16 anos de idade mudou-se para Toscana e vivia a maior parte do ano de favor na casa de Carlo Franceschi, diretor esportivo. O sucesso nas categorias de base rendeu o título de campeão mundial de contrarrelógio Júnior em 2002 e de terceiro colocado na sub-23 em 2004.

Da Fassa Bartolo que o fez conhecido no mundo do ciclismo, Nibali passou pela Liquigas, Astana, Bahrain, Trek e volto a Astana para encerrar a carreira. Durante seus anos de competição na Liquigas manteve amizade com o brasileiro Murilo Fischer, que chegou a trazer o treinador de Nibali, Paolo Slongo para iniciar um trabalho de assessoria esportiva no Brasil.

Alejandro Valverde diz que “para mesmo” neste ano

Aos 42 anos e competindo em altíssimo nível, o ídolo espanhol Alejandro Valverde promete que para mesmo neste ano. A dura vida de sacrifícios do ciclismo profissional raramente tem um ciclista levando a carreira tão longe e mantendo-se competitivo. O anúncio da aposentadoria de Valverde começou em 2020, com indícios de parar ao final do ano, depois com a pandemia foi adiado para 2021 e finalmente confirmada em 2022 (clique aqui para saber mais).

Alejandro Valverde vence o Mudial de 2018 | Foto Divulgação
Alejandro Valverde vence o Mudial de 2018 | Foto Divulgação

Com 133 vitórias em três décadas diferentes, Valverde vem colecionando apresentações de gala em sua última semana, foi segundo colocado na Coppa Agostini, quarto no Giro de Emília e terceiro na Tre Valli Varesine, provas que são tidas como preparatórias para o Giro de Lombardia.

Se as grandes conquistas de Nibali foram as grandes voltas, Bala venceu apenas uma Vuelta em 2009, mas por outro lado detém quatro vitórias na Liège Bastogne Liège além do título mundial de 2018.

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