Escândalo de Doping em Portugal: Diretor da equipe W52 Porto é detido

Neste domingo 24 de abril aconteceu a terceira e última etapa do GP O Jogo em Vila Nova de Paiva em Portugal. A equipe W52 Porto que compete com bicicletas Swift (marca da brasileira Sense) não largou em função de batida policial no hotel onde a equipe estava hospedada.

Onibus da Equipe W52 FC Porto | Foto Divulgação

Operação antidoping Prova Limpa envolveu 120 policias em Portugal

Cerca de 120 policiais deram suporte a operação a pedido da polícia judiciaria portuguesa em ordem do Ministério Público deram ação a operação. O procedimento visou a “detecção de métodos proibidos e substâncias ilícitas suscetíveis a adulterar a verdade esportiva em provas de ciclismo profissional”. A operação efetuou diligências em diversas regiões de Portugal visando dirigentes, atletas e instalações da equipe do Porto.

“No decurso das diligências foram apreendidas diversas substâncias e instrumentos clínicos utilizados no treino dos atletas e com impacto no seu rendimento desportivo.”

Os detidos seriam Nuno Ribeiro, diretor da W52 Porto e José Ribeiro, dirigente da União de Ciclismo de Maia.

Bicicletas da W52 Porto | Foto Hotel turismo de Trancoso
Bicicletas da W52 Porto | Foto Hotel turismo de Trancoso

Os ciclistas seguiram realizando coleta de exame antidoping enquanto todo o processo segue em segredo de justiça na regional do Porto.

Em nota a Federação Portuguesa de ciclismo se manifestou:

“A Federação Portuguesa de Ciclismo tomou conhecimento pela comunicação social de uma operação desencadeada pela Polícia Judiciária junto da equipa continental W52-FC Porto. Não é o momento para comentar este caso concreto, na medida em que não existem informações detalhadas sobre o que estará em causa. Cabe-nos aguardar serenamente o desenrolar do processo, confiando na independência das entidades que lideram as averiguações.

Queremos, no entanto, reafirmar o total compromisso da Federação Portuguesa de Ciclismo com um desporto moderno, científico, aberto ao mundo e à tecnologia, que condena frontalmente toda e qualquer atividade tendente a adulterar a verdade desportiva.

Neste aspeto, acreditamos que a autorregulação é um passo fundamental para aproximar o ciclismo português das melhores práticas já existentes a nível internacional. O desenvolvimento ético do desporto depende, antes do mais, do compromisso entre todos os agentes desportivos.

Foi por isso que, por iniciativa da Federação Portuguesa de Ciclismo, foi assinado pela Federação, Podium, Associação Portuguesa de Ciclistas Profissionais e as dez equipas continentais portuguesas o Convénio para a Proteção e Valorização do Ciclismo Profissional em Portugal. Trata-se de um documento que funciona como manual prático de autorregulação de todo o ecossistema do ciclismo profissional português, estabelecendo normas de exclusão para os prevaricadores, aceites por todos.

O ciclismo, modalidade popular e geradora de paixões, merece de todos nós, agentes da modalidade, um profundo respeito pelos adeptos, que apenas será pleno se estivermos todos comprometidos com a verdade desportiva”.

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