A festa do ciclismo brasileiro aconteceu no último final de semana em Campos do Jordão. Após as vitórias de Érika Soares e João Marcelo Gaspar, alguns questionamentos chegaram a caixa de mensagem do Pelote Ciclismo e fomos atrás para esclarecer.
Ciclista elite no L’Étape pode? Claro que sim!
Após o L’Étape Campos realizado no último final de semana, recebemos nas redes sociais alguns questionamentos sobre a participação de ciclistas da elite do ciclismo nacional no evento. No entendimento do Pelote Ciclismo, o L’Étape é uma celebração que no Brasil acabou tomando forma competitiva devido a raridade do tipo de evento por aqui. Assim as poucas equipes de elite e ciclistas veem no evento uma das poucas oportunidades, não só de retorno de mídia, mas também de satisfação pessoal.
Érika Soares e Canibal vencem L’Etape do Tour Campos do Jordão
O L’Étape entra também no calendário da Confederação Brasileira de Ciclismo como evento, mas pelo caráter do tipo de prova, não conta pontuação para o ranking nacional e também não possui os mesmos agentes de controle, ou seja o atleta no L’Étape não é desclassificado por ter a altura das meias fora do regulamento oficial. Contudo há por exemplo o controle antidoping e não raramente os vencedores são submetidos a testes pela Agência Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD).
Essência do L’Étape é uma prova para amadores
Conversamos com a organização que nos respondeu prontamente, segue abaixo a resposta oficial do L’Étape Brasil:
O L’Étape by Tour de France foi concebido com o objetivo de oferecer aos atletas amadores uma experiência semelhante à dos profissionais. A ênfase está na entrega de um ambiente profissional, com toda a estrutura necessária para a segurança dos ciclistas, incluindo rodovias fechadas. Isso tem atraído mais de 3.500 atletas por etapa no Brasil.
A essência do L’Étape By Tour de France é ser uma prova focada e projetada para atletas amadores. Por isso, não há uma categoria profissional ou pelotões profissionais, já que a prova é pensada exclusivamente para amadores.
Os profissionais participam da nossa prova porque desejam vivenciar a experiência de competir em um L’Étape, com toda a estrutura e profissionalismo que buscamos, seguindo o padrão europeu de ciclismo. Isso justifica sua presença em nossa prova, mesmo sem contar pontos ou classificação nacional específica para profissionais.
Há outros eventos que buscam a profissionalização de suas categorias, rankings e pontos. No entanto, entendemos que o L’Étape está focado em atletas que buscam uma experiência profissional, mesmo não sendo eles próprios profissionais. Eles desejam uma estrutura semelhante à dos atletas profissionais, mas não competem por pontos, classificações nacionais ou em categorias profissionais.
É por isso que o L’Étape Brasil, assim como em outros países, não visa atender à demanda profissional de eventos, mas sim aos atletas amadores e entusiastas que desejam vivenciar essa estrutura e profissionalismo de forma amadora.
O ciclismo elite no Brasil é amador
Por mais que amemos o ciclismo, é preciso entender que o nosso esporte é amador, especialmente no Brasil. Embora algumas pessoas consigam sobreviver do ciclismo, não é um esporte profissional como Futebol entre outras modalidades. Assim quase a totalidade dos atletas elite no Brasil, possui uma profissão ou atividade em paralelo para seguir praticando o ciclismo.
Na UCI – União Ciclística Internacional, o registro de equipes profissionais engloba somente aquelas no WorldTour e ProTeams, ou seja são cerca de 40 equipes no total com 30 ciclistas cada, totalizando 1.200 ciclistas profissionais no mundo.
Ou seja aquele pessoal galático que está lá na ponta do pelote trabalhando e “dando uma surra” nos pebas, também trabalha e treina muito para estar ali.
Sensacional!
entendo ..mais mmo sendo amadores o ant doping deveria estar sempre presente ..
Não sei de onde tirou isso que aqui os ciclistas profissionais são amadores… tá cheio de profissional que só faz isso da vida!
Na Europa tem muito ciclista profissional que se forma em faculdade… aqui correm dos estudos pra pedalar e encher o corpo de porcaria (doping)… olha a Van Vleuten, formada veterinária e depois virou profissional aos 28 anos! Um profissional correr L’Etape é falta de ética!
Ter o ciclismo como profissão é diferente de ser um ciclista profissional junto a UCI. Por exemplo, hoje 01/10 Peter Sagan deixa o ciclismo profisisonal, embora o ciclismo continuará sendo sua profissão.