Santander Diverge Gravel Race em Botucatu reuniu fãs da modalidade!

Luiz Papillon

Uma prova descontraída com um público apaixonado pela modalidade que é a cara do Brasil. Falamos claro da Santander Diverge Gravel Race, realizada pela terceira vez em Botucatu no interior de São Paulo.

Lais Saes durante a disputa (Fabio Piva / Santander Brasil Ride)
Lais Saes durante a disputa
(Fabio Piva / Santander Brasil Ride)

O Celeiro Restaurante, em Botucatu (SP), foi palco neste fim de semana da terceira edição da Santander Diverge Gravel Race Brasil Ride, a principal competição dedicada à modalidade gravel no País. Repetiu-se o clima que é marca da prova, com muita descontração, interação e diversão entre os participantes, além da boa presença de mulheres, outro ponto de destaque.

Diogo Malagon campeão no masculino

Na principal disputa, a dos 180 km, Diogo Malagon foi o campeão, conquistando assim mais um título no circuito da Santander Brasil Ride. Malagon cruzou a linha de chegada após pedalar 6h19min34. Elvis Pellizari (6h26min07) e Lucas Rizzi (6h57min45) completaram o top 3. Entre as mulheres, Helena Carvalho foi a única a se arriscar no desafio. Embora não tenha completado, foi premiada pela organização, fazendo valer o clima de descontração.

“Corrida foi legal demais. Esperava há bastante tempo pela oportunidade de competir uma corrida de gravel. Não tive dúvida em escolher os 180 km. O percurso era bem legal. Achei que, psicologicamente, seria difícil abrir a terceira volta, por ser 60 km entre o km 120 e 180, mas foi ótimo”, disse Malagon. ” disse Malagon

Lais Saes campeã no feminino

Disputas de 60 e 120 km – Na segunda principal distância, a dos 120 km, os mais velozes foram os ciclistas Vitor da Fonseca, que finalizou as duas voltas em 4h07min40, e Lais Saes, vencedora em 4h45min20. Já nos 60 km, Leandro Buffoni foi o homem mais rápido, cruzando a linha de chegada em 2h37min45, enquanto Valquíria Oliveira foi a primeira mulher a atravessar o pórtico, em 2h47min06.

“Nunca tinha corrido uma prova de gravel. Vim para a prova e achei excelente. Um speed rural, muito a ver com o que tenho de origem no ciclismo, que é o mountain bike, enquanto agora tenho o foco na estrada. Juntou as duas modalidades que eu gosto, então foi show de bola. Uma prova super organizada, com marcação impecável, não tinha como errar. O ponto de apoio era em um local estratégico, então foi perfeito. Queremos ver mais e mais mulheres pedalando, com a certeza de que nossa participação vai crescer. Quem gosta de mountain bike e de road, vai gostar da gravel“, disse Saes.

Gravel Race Conquista adeptos

Modalidade que incentiva a volta ao esporte – Conquistando cada vez mais adeptos, a gravel é uma modalidade que mistura o mountain bike e o ciclismo de estrada. Assim, tem praticantes vindos de ambas as vertentes do ciclismo. Para o mineiro Jansen Torres, do Instagram Gravel Stories, a modalidade foi responsável por trazer de volta o prazer de pedalar, que vinha desde sua infância. Jansen chegou a praticar o mountain bike de forma competitiva, para nos últimos dez anos ter mais contato com as bicicletas de estrada. Após casar e ter filhos, praticamente parou de pedalar. Ao conhecer a gravel, voltou com mais entusiasmo ao esporte.

 

Diogo Malagon recebe bandeirada (Fabio Piva / Santander Brasil Ride)
Diogo Malagon recebe bandeirada
(Fabio Piva / Santander Brasil Ride)

“Entre 2018 e 2019 ouvi as primeiras notícias do que era a bike gravel. Me interessei pelo estilo, por ser menos competitivo. Em 2020, experimentei a minha primeira gravel. Depois de pedalar as primeiras vezes, senti que estava alinhado com o que eu queria. O estilo informal e descontraído, sem tantos padrões como as demais modalidades do esporte. Tornou-se minha bike principal, depois a minha única bicicleta. Gosto da possibilidade de viajar com a bike, fazer o que chamamos de bike trip”, relembrou Jansen Torres.

Clima e percurso perfeitos – “Foi um evento redondo, com um percurso maravilhoso e um clima perfeito. Os atletas concordaram que foi o ideal para quem pedala de gravel. Ciclistas de mountain bike, de estrada que já integraram a seleção. Foi muito legal ver todos curtindo essa nova modalidade”, comentou Mario Roma, fundador da Santander Brasil Ride. “Vale ressaltar que tivemos um grupo muito grande de mulheres. Elas estão realmente aderindo à prática da gravel”, completou.

“Muito bom ver a comunidade da modalidade cada vez mais organizada. Atletas de todo o Brasil, em um clima descontraído, no único evento exclusivo no País. A interação das pessoas é muito maior do que a competitividade. Extremamente satisfatório ver as pessoas reunidas, conversando, em um local apropriado. Inclusive, não tem sinal de celular, o que faz com que as pessoas conversem muito mais”, finaliza Roma.

Santander Brasil Ride: Mais que uma prova, uma etapa em sua vida.

Mais informações da Santander Brasil Ride:
Site: www.brasilride.com.br
Facebook: www.facebook.com/BRASILRIDE
Instagram: www.instagram.com/brasilride

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Next Post

DER reedita portaria e mantém regras obscuras para ciclistas em rodovia

Em mais um acinte contra os ciclistas, o DER reeditou a portaria que limita ciclistas nas rodovias do Estado de São Paulo. Em reunião do Ciclocomitê paulista realizado no dia 07 de dezembro, foi reafirmada a política. Governo João Doria mantém guerra ao ciclismo de estrada. A guerra do governo […]
Pelote na Rodovia dos Bandeirantes | Foto Gustavo Figueiredo / Arquivo Pessoal

Receba as novidades em seu e-mail