Cinco anos após os jogos olímpicos do Rio em 2016, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou o destino do “Legado OIímpico”, o Velódromo será a única instalação gerenciada pela Prefeitura, as demais serão concedidas a iniciativa privada ou desmontadas.

A decisão retoma o projeto original de 2016 com a Arena do Futuro e Centro Aquático Olímpico sendo desativados. As Arenas Cariocas 1 e 2 e Centro Olímpico de Tênis são concedidos a iniciativa privada por 15 anos. A empresa vencedora da concessão será responsável pela conservação e manutenção predial de todo complexo, construção de nova pista de atletismo e montagem de uma piscina olímpica no complexo.
Velódromo será arena multiuso
Assim como em muitos velódromos pelo mundo, o uso da instalação será compartilhado com atividades esportivas como ginástica, artes marciais e academia, além de quadras para esportes coletivos. Todas atividades desenvolvidas na Arena 3 do Complexo Olímpico serão transferidas ao Velódromo. Já a Arena 3 será rebatizada como Ginásio Experimental Olímpico e receberá até 850 alunos em tempo integral com 24 salas de aula e laboratórios. A instalação abrigará oito modalidades esportivas:
- Judô
- Luta Greco Romana
- Tênis de Mesa
- Futebol de Salão
- Basquete
- Handebol
- Voleibol
- Tirou com Arco
Histórico de abandono
O que acontece com o atual Complexo Olímpico é um absurdo monumental. O automobilismo perdeu para sempre a pista de Jacarepaguá, que havia sido reformada no início dos anos 2000 em custo superior a 100 milhões de dólares (atualmente 500 milhões de reais). Depois o mesmo prefeito sabotou o autódromo instalando um parque aquático no final da reta juntamente com o Velódromo do Pan Americano de 2007. Mais tarde o Velódromo e o Parque Aquático foram destruídos para o novo projeto olímpico.
Agora a prefeitura compromete quase 80 milhões de reais apenas com o desmonte de arenas, além da expectativa de transferir um custo de 25 milhões a iniciativa privada. Exatamente quatro anos atrás o Velódromo Carioca ardia em fogo, em função de balões que caíram sobre a cobertura na arena.
Última competição no Velódromo foi em 2018
A CBC deixou de realizar provas no Velódromo Olímpico, um dos melhores do mundo enquanto a instalação esteve aberta, optando por levar o campeonato nacional de pista para Maringá no interior do Paraná em um velódromo descoberto. A última competição oficial no Velódromo aconteceu em 2018 no mundial de paraciclismo de pista.

A Fecierj (Federação de Ciclismo do Rio de Janeiro) promoveu o uso do Velódromo desde o final dos jogos olímpicos tendo recebido diversos elogios por ciclistas locais. No mês de março diretores da federação se reuniram com alguns representantes políticos no intuito de retomar as atividades no velódromo.