Após a trágica morte de Gino Mader, a discussão entorno da segurança dos ciclistas em provas tomou corpo nas redes sociais. O presidente da Associação dos Ciclistas Profissionais (CPA), Adam Hansen destacou cinco pontos a melhorar.
Padronização da indicação de perigo em percursos
Atualmente as situações de perigo são indicadas de modo diferente em cada prova. As vezes é um fiscal com bandeira, as vezes um voluntário com apito, outras vezes uma luz. Há casos onde o aviso ocorre 200m antes e outros onde o aviso é exatamente no ponto da dificuldade. Há a necessidade de padronização, para que os ciclistas fiquem menos ocupados com o tipo de perigo que virá.
Médico da Equipe no carro de apoio
Muitas vezes o carro da equipe leva um patrocinador ou convidado e a importância de um médico é maior. O tempo de resposta após um acidente é crucial. Os ciclistas também preferem um médico especializado em emergências do que um médico esportista.
Desaceleração do percurso
O ciclismo tem visto a velocidade das provas subir muito nos últimos anos. Adotar estratégias para diminuir essa velocidade podem ser fundamentais aos organizadores. Com 3km a mais de plano após o Albula Pass, os ciclistas teriam que poupar um pouco de energia na descida, do que ir ao máximo. Outro exemplo é o Arenberg na Paris-Roubaix:
“No trecho antes de Arenberg, você pode usar uma estrada secundária para retornar ao trajeto tradicional e com isso entrar no Arenberg em uma velocidade bem menor, mais seguro.”
Redes de segurança
A proposta veio através de Jonathan Vaughters, sendo considerada uma boa medida o uso de redes de segurança. Contudo não é viável em grande escala:
“O Giro usa redes regularmente e estamso felizes com isso, mas é impossível colocar em todos os lugares. As distâncias são enormes. Nas áreas de esqui, essas redes permanecem no lugar o ano todo enroladas.”
Menor idade, menor respeito
Atualmente os ciclistas no WorldTour são muito mais jovens, cerca de cinco anos a menos que na última geração. Então o que se houve muito no pelote é que o respeito de um pelo outro diminuiu e os riscos estão aumentando. Essa diminuição de idade no WorldTour significa também que os ciclistas chegam com cinco anos a menos de experiência com quedas e riscos de segurança.
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