Vencedor da Paris-Roubaix (pedalando uma Caloi Eddy Merckx), da Ronde e da Milão San Remo, Andrei Tchmil contou ao amigo Johan Museeuw que está pronto para lutar pela Ucrânia contra a Rússia.
Atenção, este texto foi escrito originalmente com o relato de Johan Museeuw, após qual Andrei Tchmil desmentiu.
Rivais durante a maior parte da carreira, Andrei Tchmil e Johan Museeuw permaneceram em contato após o fim da carreira profissional. Museeuw vencedor do campeonato mundial de 1996, de três edições da Ronde e da Paris Roubaix vive na Bélgica. Enquanto isso Andrei Tchmill um ciclista clássico que trocou três vezes de nacionalidade vive na Moldávia.
“Eu vivo na região de fronteira, a cerca de 100km daqui há combate. Essa manhã eu enviei minha esposa e nosso filho de um ano de idade para a Romênia para os proteger. Eu mesmo continuarei por aqui, eu irei a luta, eu só gostaria de ouvir você Johan. Eu não sei se estarei aqui amanhã ou no dia depois de amanhã. Então eu gostaria de lhe dar um grande beijo.“ disse Andrei Tchmil
Nascido Soviético hoje Andrei Tchmill vive na Moldávia
Tchmill nasceu em Khabarovsk, cidade da então União Sovietica e logo se mudou para a região da Ucrânia com a família. Quando a União Soviética colapsou nos anos 90, Tchmill tornou-se cidadão ucraniano. Com a carreira de ciclismo baseada na Bélgica, Tchmil adquiriu a nacionalidade belga. Atualmente Tchmil comanda a marca de bicicletas que leva seu nome em Chisinau na República da Moldávia, onde possui nacionalidade e foi ministro dos esportes.
“Na minha idade, isso lhe dá uma pausa, todo o resto fica para depois. Nós estamos saindo de um período difícil com a covid-19 e nós estamos aqui sentados com aquelas pessoas lá, em um período de luta. Eu tenho mantido contato com Andrei nos últimos anos e então ele me ligou e disse Johan, eu lhe dou três beijos porquê eu não sei se estarei aqui amanhã. Então os pelos dos seus braços se levantam. Eu espero que esse nonsense pare aqui. Eu agradeci pela ligação e eu espero do fundo do meu coração que nós possamos continuar a ligar um para o outro.” disse Johan Museeuw