O Time Brasil completou a convocação para os jogos olímpicos de Tóquio. Das 21 modalidades presentes nos jogos olímpicos, o Brasil obteve um total de cinco vagas. Foram confirmadas as vagas para Renato Rezende e Priscilla Stevaux no BMX.

Ciclistas convocados pela CBC para os jogos olímpicos de Tóquio
Seguindo o critério a CBC convocou os seguintes ciclistas para os jogos olímpicos de Tóquio:
BMX Masculino
– Renato Rezende, 30 anos, atual 25º no ranking UCI com 261pontos.
BMX Feminino
– Priscilla Stevaux, 28 anos, 37ª no ranking UCI com 155 pontos.
MTB XCO Masculino
– Henrique Avancini, 32 anos, 6º no ranking UCI com 1129 pontos.
– Luiz Henrique Cocuzzi, 28 anos, 87º no ranking UCI com 241 pontos.
MTB XCO Feminino
– Jaqueline Mourão, 46 anos, 115ª no ranking UCI com 166 pontos.
Sistema de qualificação mudou com adiamento dos jogos olímpicos
Em 2018, quando foi definido o sistema de classificação para os jogos olímpicos de Tóquio, o mundo era outro. No começo de 2020 a pandemia causada pelo covid-19 paralisou o mundo e o esporte não ficou a parte. A classificação determinada pela UCI previa como data limite 01/06/2020, afinal os jogos seriam realizados em agosto. Com a pandemia a UCI alterou o critério de classificação para as modalidades de Mountain Bike, BMX e BMX Freestyle.
No caso do MTB, a pontuação das nações foi combinada, somando o ranking em 03/03/2020 (data da paralisação dos eventos em função da Pandemia) aos resultados obtidos na Copa do Mundo UCI de 2021, realizadas em maio de 2021.
O mesmo ocorreu no BMX, assim a pontuação obtida pelos ciclistas até 03/03/2020 foi somada a pontuação obtida nas rodadas da Copa do Mundo UCI, realizadas em maio de 2021. No BMX Freestyle a UCI somou os resultados do Mundial UCI realizado em Montpellier em junho de 2021.

Com esse critério o Brasil obteve vagas tanto no MTB como no BMX:
- MTB XCO – 2 vagas no masculino, 1 vaga no feminino.
- BMX – 1 vaga no masculino, 1 vaga no feminino.
CBC manteve regras estabelecidas em 2018
Ao contrário da UCI que atualizou as regras, a Confederação Brasileira de Ciclismo manteve as regras definidas em 2018, desprezando a alteração feita pela UCI em 2021. Isso gerou uma pequena mas fundamental distorção na obtenção das vagas para os jogos olímpicos. O critério da CBC foi puramente técnico, o que é de se elogiar, porém ao desprezar os resultados de 2021, motivou uma inversão em duas modalidades. Assim os atletas melhores classificados no MTB XCO e no BMX não disputarão os jogos olímpicos.

No MTB XCO feminino, a ciclista Raiza Goulão é a atual brasileira melhor colocada do ranking na 49ª colocação UCI e 381 pontos e não irá aos jogos. Já no BMX masculino, Anderson de Souza Filho o “Andinho” é o 14º melhor colocado no ranking mundial com 380 pontos e também ficou de fora da convocação.
Ciclismo de estrada e pista não tiveram classificação alterada
Como os rankings para definição das vagas olímpicas para estrada e pista estavam fechados em março de 2020, a UCI não alterou esses rankings. O ciclismo brasileiro ficou de fora dos jogos olímpicos de Tóquio tanto na estrada como na pista. Apesar de ter um dos velódromos mais modernos do mundo, o Brasil praticamente não realizou eventos no Velódromo Olímpico do Rio de Janeiro.
Nas disciplinas de pista, o Brasil está ranqueado:
Madison, 25º no feminino e 32º no masculino.
Ominum, 34º no feminino e 36º no masculino.
No ciclismo de estrada, no masculino o brasil tem 3 pontos apenas obtidos por Victor Zucco e está em 98º lugar, já no feminino não está rankeado.