Amor infinito, com essa frase e o símbolo do infinito subdividindo as 21 etapas do 101º Giro d’Italia foi apresentada ontem a rota com a já conhecida partida em Jerusalém na sexta feira 04 de maio e a chegada em Roma no domingo 27 de maio. Serão 2.456km de disputa pela Maglia Rosa com objetivo de chegar em Roma com o menor tempo acumulado nas 21 etapas.
Serão dois contra relógios, o inicial de 9.7km em Jerusalem e a 16ª etapa de Trento a Rovereto por 34.5km, apenas seis etapas planas e oito etapas com chegada em montanha. Serão três dias em Israel, uma viagem para a Sicília com escalada ao monte Etna com seu vulcão ativo, depois o Segue pela costa do mar Tirreno, depois cruza para o leste onde começam etapas com escaladas ao longo dos Apeninos até chegar aos Alpes, sendo a grande montanha do ano a Colle Delle Finestre na 19ª etapa com 1694m de escalada em 18.45km, numa inclinação média de 9,2%, um monstro!
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— Giro d’Italia (@giroditalia) November 29, 2017
A escolha por eliminar o contra relógio por equipes e menos etapas planas deve afastar sprinters do Giro 2018, nomes como o atual vencedor Tom Dumoulin perdem a força em uma disputa com apenas 45km de contra relógio num patamar de dificuldade lembra o Giro de 2014 vencido por Nairo Quintana.
O Giro será a primeira disputa de três semanas após a redução de pilotos anunciada pela UCI em setembro, assim dos habituais nove pilotos o Giro terá oito pilotos por equipe, tornando a estratégia para desgastar os favoritos uma tarefa ainda mais árdua. Por falar em favoritos ontem Cris Froome anunciou seu retorno ao Giro onde não disputa desde 2010 quando foi desclassificado por segurar numa motocicleta na subida do Mortirolo, ao que tudo indica uma bolsa de 2 milhões de euros (aproximadamente 7,8 milhões de reais) foi o estímulo necessário para Froome ser o sexto ciclista a vencer o Giro, Tour e Vuelta.
Nenhum ciclista jamais conquistou no mesmo ano as três grandes voltas, Hinault venceu de forma consecutiva o Giro de 82, o Tour de 92 e a Vuelta de 83 enquanto Eddy Merckx venceu de forma consecutiva o Giro e Tour de 1972 a Vuelta e o Giro de 1973. Até 1996 a Vuelta era a primeira volta de três semanas sendo disputada em Abril e terminando no princípio de maio, deixando poucos dias de recuperação para disputa do Giro e tornando a simples conclusão das três grandes voltas no mesmo ano um feito épico.
O grande recordista de participações em grandes voltas é o austríaco Adam Hansen que tem desde 2011 dezenove presenças consecutivas nos Grand Tours, em agosto Hansen confirmou sua intenção de participar do Giro de 2018 e adiantou que o recorde deve terminar mesmo no próximo ano onde pretende correr apenas dois Grand Tours.
Relembre as camisas do Giro:
http://www.pelote.com.br/as-camisas-do-giro-ditalia/