World Athletics limita participação de atletas trans

Em decisão do Conselho da World Athletics, órgão que gere o atletismo mundial, atletas trans que passaram pela puberdade masculina foram proibidos de disputar competições femininas no atletismo.

Rachel McKinnon primeira trans campeã mundial master de Pista
Rachel McKinnon primeira trans campeã mundial master de Pista

A decisão foi informada em entrevista coletiva pelo presidente da World Athletics, Sebastian Coe. Em acordo com o cartola, a medida visa proteger as mulheres na modalidade seguindo exemplo da natação. O Conselho Mundial de Atletismo confirmou que a medida passa a valer a partir de 31 de março.

No ciclismo, a UCI ainda não se manifestou e segue-se as diretivas estabelecidas três anos atrás:

UCI atualiza política de participação de atletas transgêneros em competições

Condição rara obriga atletas a reduzir artificialmente hormônios para competir

Atletas com desenvolvimento sexual diferente, uma rara condição onde os níveis hormonais, genes e órgãos reprodutivos são uma fusão entre o masculino e feminino, deverão manter seu nível de testosterona abaixo de 2,5 nanomoles por litro (anteriormente o limite era 5nm/l), mesmo limite para atletas do sexo biológico feminino. Sebastian Coe comentou que atualmente 13 atletas DSD competem na elite e nenhum deles poderá competir no mundial de atletismo em Budapeste na Hungria. Um caso mundialmente famoso foi a da fundista sul-africana Caster Semenya que perdeu apelação no Tribunal do esporte e só pode competir entre mulheres com redução dos níveis hormonais.

Em 2022 a FINA (Federação Internacional de Natação) havia tomado diretrizes semelhantes, assim como o Rugby em 2020. A federação britânica de triatlo por sua vez foi a primeira a estabelecer uma categoria “open” onde transgêneros podem competir.

 

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