Mais Equipes nas Grandes Voltas do ciclismo: Vitória Política ou Necessidade Esportiva?

Luiz Papillon
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A UCI anunciou oficialmente o aumento para 23 equipes no pelotão das Grandes Voltas (Tour de France, Giro d’Italia e Vuelta a España) masculinas a partir de 2026. A decisão, no entanto, não foi isenta de polêmica. Enquanto a UCI fala em maior competitividade e representatividade geográfica, bastidores apontam para uma forte pressão política de algumas equipes.

Equipes como Tudor Pro Cycling, Polti Visit Malta e Q36.5, diretamente beneficiadas pela ampliação do número de convites, atuaram intensamente nos bastidores para pressionar pela mudança. A pergunta que fica é: a ampliação do pelotão atende a uma real necessidade esportiva ou foi uma manobra para beneficiar equipes com maior poder político?

Vale lembrar que em 2018 houve a redução de nove para oito ciclistas por equipe em grandes voltas, diminuindo de 198 para 176 o número de participantes. Agora serão 184 participantes, o que impacta também na gestão logística das grandes voltas, visto que uma equipe completa costuma ter no mínimo 17 membros da comissão técnica e de apoio envolvendo mecanicos, soigneurs (cuidadores), médicos, motoristas, cozinheiros, além de técnicos, diretores esportivos e gerente geral, além de ônibus, vans e carros de apoio.

A UCI argumenta que o aumento contribuirá para um pelotão mais competitivo e representativo. A decisão terá impacto significativo no futuro das Grandes Voltas. A ampliação do número de equipes abre um novo capítulo na história do ciclismo profissional, no âmbito esportivo permitirá “fugas” com mais ciclistas buscando destaque e expondo assim os seus patrocinadores, dando mais emoção em especial a etapas planas e de transição. Contudo com mais ciclistas, o pelotão pode ficar mais nervoso além claro da sombra do doping envolvendo ciclistas, equipes e organzições menores que buscam destaque nas provas de maior audiência na temporada.

O aumento do número de equipes beneficiará o ciclismo como um todo, ou apenas um seleto grupo com forte influência política?

Passam agora a participação nas grandes voltas do ciclismo mundial como regra:

  • 18 equipes WorldTour – Participação Automática
  • 02 melhores equipes ProTeam – Convite automático, sendo para 2025 as equipes Israel Premier Tech e Lotto.
  • 03 convites dos organizadores

No Giro d’italia 2025, a equipe Lotto optou por desistir da participação, deixando assim os organizadores com quatro convites que devem ser distribuídos entre as equipes:

  • Tudor Pro Cycling, Q36.5, Polti Visit-Malta e VF Group-Bardiani CSF-Faizanè.

Para o Tour de France 2025, os três convites devem ser disputados por:

  • Tudor, Total Energies e Uno-X Mobility

A La Vuelta a España 2025 deve ter como convidadas três das equipes:

  • Kern Pharma, Euskaltel-Euskadi, Burgos BH-Purpellet, Caja Rural Seguros, Q36.5 e Uno-X Mobility

 

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Luiz Papillon

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