Melhores de 2018 – A retrospectiva do ciclismo de estrada no Brasil

Luiz Papillon

Com o final da temporada do ciclismo profissional vou destacar os melhores ciclistas e melhores provas da temporada. Antes de falar do ciclismo internacional começo com o ciclismo nacional. A Confederação Brasileira de Ciclismo divulgou na última semana o ranking final de 2018. Pontuaram os campeonatos nacionais e principais provas oficiais como a Volta de Guarulhos e a prova ciclística 9 de Julho. Além do Ranking nacional destacamos alguns feitos dos ciclistas brasileiros no exterior.

http://www.pelote.com.br/magno-prado-nazaret-e-bicampeao-da-volta-ao-uruguai/

Magno Prado Nazaret tornou-se tricampeão da Volta do Uruguai, sem dúvidas o maior feito nacional, a performance rendeu ao brasileiro contrato para correr 2019 pela equipe Profissional Continental argentina SEP San Juan. No feminino Flavia Oliveira foi vice campeã da Volta a Guatemala porém o resultado pode ser cassado em função de um resultado adverso. Outro destaque feminino foi a mini-temporada da equipe Memorial na Bélgica com as vitórias de Ana Polegatch e Camila Coelho além de cinco pódios. Esse importante intercâmbio garantiu pontos para as ciclistas brasileiras conseguirem vaga para o mundial. Capitulo a parte é o Rachão do Milão, prova não oficial realizada por Roberto Zanata em São Paulo e que teve grande destaque nas redes sociais.

http://www.pelote.com.br/memorial-belga/

 

Piá lidera ranking na elite Masculina

Armando Camargo Filho o Piá

Armando Carmago Filho o Piá terminou a temporada como líder do ranking nacional, aos 36 anos de idade além de correr por Indaiatuba, Piá também foi técnico da seleção nacional de para-ciclismo. Em segundo lugar ficou Alessandro Ferreira Guimarães o Indinho da Rio Cycling Team em seu primeiro ano como profissional teve destaque em diversas provas na temporada e podemos marcar como o principal nome para o futuro do ciclismo nacional. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Araujo de Melo o Didi da equipe São Francisco Saúde Klabin Ribeirão Preto. O Ranking nacional é divulgado desde 1999 e teve como vencedores nomes como Marcio May (4 vezes), Rafael Andriato e Jean Coloca.

Lucas Maia de Macapá é o líder da Sub 23

Em um ciclismo polarizado no sul do país ter a grata surpresa da Topazza Team do Amapá entre as melhores do país já é motivo para comemorar, mas a equipe de Macapá fez um local líder do ranking brasileiro sub23, trata-se de Lucas Maia. Em segundo lugar ficou Gabriel Machado da Silva da Funvi e em terceiro Lucas Ribeiro Motta de Ribeirão Preto.

Alice Tamirys termina o ano na liderança da elite Feminina

A ciclista de Indaiatuba Alice Tamirys Melo ficou com a liderança na elite feminina, Tamires Radatz da Avaí Florianópolis foi segunda e Wellyda Rodrigues agora pela Abec Rio Claro a terceira do ranking nacional. No Sub23 Talita de Oliveira da Liga de Ciclismo CAmpos Gerais do Paraná foi a líder seguida de Thayná Araujo da Memorial Santos, a base paranaense também conquistou o terceiro posto com Nicolle Borges da Sec. Esportes de Curitiba.

Ribeirão Preto venceu o rankin nacional por equipe de longe!

Entre as equipes a São Francisco Saúde Klabin Ribeirão Preto foi um show a parte batendo a Funvic São José dos Campos por 631 pontos enquanto a disputa pelos cinco primeiros lugares foi bastante apertada com Indaiatuba em terceiro, Rio Cycling Team em quarto e Topazza Team de Macapá em quinto, todas separadas por apenas 133 pontos. Na elite feminina também disputa muito apertada com Avaí Florianópolis vencendo com a Memorial Santos em segundo e Funvic São José dos Campos em terceiro também com pontuação apertada.

Doping, provas canceladas e desprezo

O ano de 2018 foi um dos mais difíceis para o ciclismo de estrada brasileiro. Além do cancelamento de diversas provas, vimos a única equipe brasileira profissional continental deixar o cenário da UCI América Tour com um recorde nada agradável de positivos no antidoping. Chegamos a dezembro com o campeão brasileiro de 2017 no masculino e no sub23, a campeã brasileira de 2018 todos suspensos. O ciclismo já com sua dificuldade mundial de patrocínio esbarrou no Brasil em algo ainda mais complicado, a imagem do patrocinador. Como uma empresa se dispõe a patrocinar um esporte onde a principal equipe nacional teve 8 dopings em pouco mais de dois anos? Do outro lado da mesa estão os dirigentes, nossos cartolas mais preocupados com a sucessão e claro verbas. As federações estaduais salvo raras exceções parecem apenas lutar por verbas fazendo o mínimo possível. Quando falo o mínimo possível me refiro a provas com níveis de distância e competição limitadas em geral circuitos curtos que dificultam o desenvolvimento do ciclista. Ai o ciclista chega lá fora e não trás resultados e o ciclo se perpetua matando o esporte.

A CBC é presidida desde 2005 por José Luiz Vasconcellos em seu quarto mandato. Vasconcellos o “Galinho Garnisé” foi ciclista de estrada de 1977 a 1993 competindo pela Caloi, Skol e Pirelli além de participar dos jogos pan americanos de 1987. Em sua primeira eleição a promessa era buscar apoio em empresas estatais como os Correios e construir um velódromo permanente no Rio de Janeiro, em fato ambas promessas foram cumpridas embora o velódromo olímpico enfrente severa oposição de mídia e problemas com incêndios e destelhamentos.

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