Um passeio em Paris, assim podemos resumir a vitória de Pauline Ferrand-Prevot nos Jogos Olímpicos no MTB. O pódio olímpico teve ainda a estadunidense Haley Batten e a sueca Jenny Rissvelds.
“Eu fiquei um pouco emocionada como vocês puderam ver, siginifica muito. É o melhor dia da minha vida, ganhar aqui na França é especial. Quando venci o mundial em Leggere, foram grandes sentimentos, mas aqui é enorme. Eu estou muito feliz.” Pauline Ferrand-Prevot
MTB – Paris 2024
Quem pode assistir (leia mais abaixo) a prova olímpica de MTB, o chamado XCO (Cross Country Olimpic) viu um domínio majestoso da francesa Pauline Ferrand-Prevot de 32 anos, naquela que possivelmente é sua última participação olímpica. O circuito bastante técnico foi palco da disputa de apenas 35 ciclistas, fato criticado pela medalhista de bronze (confira mais abaixo). Logo na largada a austríaca Laura Stigger saltou a frente, mas a dupla francesa com Pauline e Loana Lecomte já pressionou desde o início com a neerlandesa Puck Pieterse logo atrás.
Logo na segunda volta, Pauline assumiu a ponta com Puck Pieterse em segundo lugar e não demorou muito para a francesa disparar na frente. Loana Lecomte começou então a pressionar Puck Pieterse, a pressão durou uma volta, até que o grupo de Lecomte passou a contar com Jenny Risvelds (Suécia), Alessandra Keller (Suíça) e Stigger (Áustria). Com quase uma hora de disputa, Pieterse sofreu um furo e perdeu um tempo absurdo na troca de roda (no XCO não se pode trocar a bike inteira, precisa trocar a roda). Pieterse passou a perseguir o grupo, no entanto era tarde para disputar uma medalha.
A disputa pela medalha de prata foi intensa com Haley Batten e Rissveds até a última volta, quando Batten passou e conseguiu uma pequena vantagem que lhe garantiu a medalha. A brasileira Raíza Goulão chegou na 28ª colocação.
Aos 32 anos, Pauline pode ser considerada a melhor ciclista de MTB de todos os tempos com 5 títulos mundiais no XCO, 2 mundiais de XCC (pista curta), 2 mundiais de XCM (maratona), além de mundiais de cyclo-cross (1x), gravel (1x), estrada (1x).
Eu me sinto muito bem, eu corri a prova da minha vida, eu fiz o meu melhor. Foi uma experiência linda, tudo que passei para chegar ali e quando você cruza a linha lembra de todos os sacrificios e todas as pessoas que fizeram isso possível. Haley Batten – vice campeã olímpica
O número reduzido de atletas em relação as disputas da Copa do Mundo de MTB foi sentida, o grid “magro” deixou as competidoras muito espaçadas no longo circuito.
Eu tentei manter a calma e paciência na prova e eu sei que é quando eu consigo correr melhor. Eu estou muito orgulhosa do meu desempenho. Para mim foi uma corrida como as outras, porém com grid menor e me rendeu um bronze. Jenny Rissveds – medalha de bronze
Sem prestígio na transmissão brasileira!
Uma das modalidades mais prestigiadas pelo público brasileiro nos últimos anos, em especial pela presença do brasileiro Henrique Avancini durante uma década entre os melhores do mundo. A modalidade foi abandonada pela antiga e pela nova mídia. Os direitos de transmissão pertencem a Rede Globo, que passou somente em um canal extra, sem narração ou comentários em português, disponível apenas para assinantes Globoplay. A CazéTV que anunciou transmissão de todas modalidades, não fez sequer menção as disputas de bicicleta. Nos três primeiros dias de disputa, a bike ficou de fora das transmissões.
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