Uma belíssima corrida e vitória de Mads Pedersen! O dinamarquês da Trek Segafredo que foi campeão do mundo ano passado venceu após um final de muitos ataques. Em segundo ficou o francês Florian Sénéchal da Deceuninck Quick Step e em terceiro o italiano Matteo Trentin pela CCC.
82ª Gent Wevelgem – 232.5km
Uma prova espetacular! A 82ª Gent Wevelgem nos Campos Flandres é uma das clássicas flamengas que antecede a Volta a Flandres, cujo nome original é Ronde van Vlaanderen, que significa exatamente Volta aos Flandres.
Geralmente é uma que encaixa sempre no calendário dos ciclistas com características de velocistas e clássicos. Os setores com paralelepípedos e duras condições climáticas fazem dos seus mais de 200km uma prova muito boa para acompanhar. Nos ultimos anos quem mais chegou no pódio da prova foi Peter Sagan, contudo o eslovaco este ano disputa o Giro d’Italia e por isso não está na prova.
Os efeitos da parada forçada pela pandemia do coronavírus foram condensar em três meses, quase nove meses de provas. Isso acabou diminuindo o número de favoritos para essas provas, seja por várias acontecerem ao mesmo tempo, seja por um acidente praticamente tirar o ciclista da temporada.
Antes da largada, dois ciclistas não largaram devido ao coronavírus. O belga Tiesj Benoot da Sunweb não largou por segurança, afinal ele viajou com Jan Bakelandts da Wanty Gobert que testou positivo para covid-19.
Entre os favoritos a vitória na prova, estavam o holandês Mathieu van der Poel, o belga Wout van Aert e o alemão John Degenkolb.
Fuga com Mark Cavendish
A fuga da manhã teve estrela, o britânico Mark Cavendish que enfrenta uma seca com mais de 900 dias sem vencer estava no grupo escapado:
- Mark Cavendish – Bahrain McLaren
- Alexis Gougeard – Ag2r
- Alexander Konychev – Mitchelton Scott
- Leonardo Basso – Ineos Grenadiers
- Juilien Morice – B&B Hotels
- Kenny Molly – Bingoal
- Gilles de Wilde – Sport Vlaanderen Baloise
Cavendish que foi diagnosticado com o vírus Epstein Barr, causa da mononucleose infecciosa e diminui a imunidade e resistência. Um dos maiores velocistas de todos os tempos, Cavendish está longe dos anos de sucesso. A fuga só foi neutralizada a 66km do fim.
Ataque atrás de ataque
Como é comum nesse tipo de prova, grupos de ciclistas foram se formando na frente da prova e dividindo ataques e contra ataques. O grupo líder tinha cerca de 17 ciclistas que se dividia em dois ou três nos últimos 50km de prova. Entre os nomes na ponta estavam Wout van Aert e Mathieu van der Poel.
Os ataques foram aumentando e o cuidado em neutralizar ciclistas mais fortes como Alberto Bettiol da EF Pro Cycling. Curioso aliás que a EF manteve sua camisa tradicional magenta nas provas fora do Giro d’Italia onde competem com o exótico patrocínio da marca de skate Palace.
O grupo líder experimentou ataque atrás de ataque e foi reduzido a nove ciclistas. Wout van Aert tentou o primeiro ataque, depois Stefan Kung, mas o grupeto foi alcançado graças ao trabalho de Van der Poel. Assim chegaram aos 3km finais, contudo em um dos ataques de Bettiol, o alemão John Degenkolb não revesou com Van der Poel e Wout van Aert e foi o suficiente para o grupo da frente não ser mais alcançado.
No sprint Mads Pedersen venceu com Sénéchal em segundo e Bettil em terceiro.