Em um final emocionante ao final de 305km de prova, Wout van Aert venceu a Milão Sanremo 2020. O belga da Jumbo Visma seguiu Julian Alaphilippe em um ataque a 5km do final e seguiram juntos até o final quando Wout lançou o sprin e venceu a prova por centímetros! No sprint do pelote atrás o australiano Michael Matthews foi o terceiro colocado pela Sunweb seguido de Peter Sagan.
Milão Sanremo 2020
Neste 2020 maluco, a 111ª Milão Sanremo, clássica de primavera na Italia foi realizada em pleno verão. A mais longa prova do ciclismo profissional em um dia foi ainda mais longa com 305km. Sendo um total de 315km se considerar a parte neutra para deixar o centro de Milão.
Uma verdadeira constelação de favoritos com destaque para:
- Wout Van Aert (Jumbo Visma)
- Mathieu Van der Poel (Alpecin Fenix)
- Julian Alaphilippe (Deceuninck Quick Step)
- Peter Sagan (Bora)
- Arnaud Demére (Grupama FDJ)
- Caleb Ewan (Lotto Soudal)
O motivo da mudança na extensão se deu especialmente pelo pedido de prefeitos de algumas cidades da Liguria que não queriam a prova passando nas cidades e aglomerando pessoas em função do coronavírus. O pelote largou com 29º de temperatura e bastante umidade. A fuga do dia partiu cedo, ainda dentro dos 10km iniciais:
- Alessandro Tonelli (Bardiani CSF Faizane)
- Manuele Boaro (Astana)
- Mattia Bais (Androni Giocattoli-Sidermec)
- Damiano Cima (Gazprom-Rusvelo)
- Marco Frapporti (Vini Zabu-KTM)
- Hector Carretero (Movistar)
Ao redor dos 90km para o final uma queda no pelote tirou um dos destaque da prova. O italiano Matteo Trentin, segundo nome da CCC abandonou com dores no ombro. Sem muitas subidas a prova foi um teste de resistência. Mark Cavendish chegou a comentar antes da largada que “cada pedalada era um gasto” e que o importante era manter-se bem alimentado.
O pelote foi acelerar mesmo dentro dos 50km finais, onde a vantagem da fuga foi reduzida radicalmente. Na marca de 35km para o final a fuga foi neutralizada com Manuele Boaro da Astana ser o último a ser neturalizado.
Cipressa e Poggio di Sanremo
O segundo favorito a ter problemas foi Julian Alaphilippe, com um furo de pneu justamente no momento em que o pelote acelerava na entrada da cidade de Imperia. Após um esforço da equipe Deceuninck Quick Step, o francês conseguiu reconectar ao pelote.
Na tradicional subida da Cipressa, Jacopo Mosca (Trek) e Loic Vliegen (Circus) atacaram. De perto o pelote acompanhava e pela Trek o segundo nome atacou, com Giulio Ciccone. O calor já cobrava seu preço e alguns velocistas sobraram como o colombiano Fernando Gaviria e o australiano Caleb Ewan. Um pouco antes do topo da Cipressa, os escapados foram neutralizados. Na descida, Daniel Oss da Bora atacou, o companheiro e tradicional embalador de Peter Sagan arrancou colocando 10 segundos de vantagem sobre o pelote. Esse ataque fez com que a Deceuninck Quick Step e a Groupama fossem para a ponta do pelote para acelerar na caça do italiano.
Com 285km de prova restavam 20km para chegada em Sanremo. A única subida no caminho seria a Poggio di Sanremo:
Oss foi neutralizado na entrada do Poggio e começaram os ataques. Primeiro Gianni Moscon pela Ineos, foi seguido por Ciccone da Trek e o pelote acelerando atrás. Isso fez com que os velocistas sofressem mais uma vez no fundo do pelote. O Belga Aimé De Gendt atacou e ficou na ponta junto com Ciccone. Atrás no pelote Alaphilippe atacou, foi seguido por Wout Van Aert e o francês deu mais um ataque para deixar o holandês para trás, ambos passaram a liderança.
Final Milão Sanremo
Na descida, restando 5km para chegada, Alaphilippe perdeu uma curva e Wout van Aert reconectou. Seria uma disputa da dupla contra o pelote ensandecido atrás. Alaphilippe não revezou no final e ficou na marcação, Wout van Aert foi na ponta e lançou o sprint com muita potência e venceu a monumento! Alaphilippe foi o segundo.