Enquanto a Itália sofre com o coronavírus e cancelamento de provas. A Paris Nice tem uma edição única, onde as grandes estrelas não se dividiram com a Tirreno Adriático, que foi cancelada. Assim Julian Alaphilippe, Peter Sagan, Vincenzo Nibali e outros só tiveram uma opção de prova neste final de inverno europeu, a Paris Nice. Publiquei um resumo da história da prova e favoritos aqui. Agora vamos falar das duas etapas sensacionais de domingo e segunda.
Vento cruzado marca Etapa 1 com vitória de Max Schachmann
A primeira etapa da Paris Nice teve muita chuva, frio e vento. Foi marcada primeiro por uma queda de Romain Bardet e Warren Barguil. Bardet continuou de imediato na prova chegando com 2:42 de atraso. Já Barguil sofreu mais e chegou a parar para desistir, mas remontou e seguiu… por muito tempo no vácuo do carro da equipe e isso motivou sua desclassificação da prova. Não foi só um caso de ficar muito tempo no vácuo, a prova contou com o vento como elemento que quebrou o pelote e abriu tempo entre os grupos, e deixar Barguil alcançar ainda que o último grupo, seria uma vantagem indevida. Entendo que esse foi um motivo “maior” para sua desclassificação, fosse uma etapa de grupo em linha, talvez a organização fizesse vistas grossas ao francês.
Entre os capitães que perderam tempo estavam além do citado Bardet, Richie Porte, Guillaume Martin e Xandro Meurisse. Max Schachmann da Bora, venceu a etapa após escapar com Dylan Teuns da Bahrain, Tiesj Benoot da Sunweb e Julian Alaphilippe da Deceuninck Quick Step.
“Eu estou realmente feliz, em fato, tudo parecia estar um pouco ruim para mim, por quê antes do trecho com vento de traseira, havia uma ilha no meio da estrada e eu fui pelo lado errado, e logo em seguida vento cruzado, eu estava praticamente em ultimo lugar. Mas eu consegui passo a passo e preciso agradecer minha equipe, porquê em certo ponto Sagan me salvou e depois Felix Grosschartner fez um trabalho fantástico. Essa foi foi a primeira prova realmente dura para mim esse ano, assim eu não sabia como estava. As pernas estavam doendo um pouco, mas no final eu percebi que os outros tinham mais dor, e isso me deu confiança.” Max Schachmann vencedor da etapa 1
Mais vento cruzado na Etapa 2 com Quintana perdendo tempo
Segunda etapa da Paris Nice teve ingredientes parecidos com a primeira. Muita aceleração e ataques em função do vento cruzado. Faltando 32km para o final a chuva e o vento castigaram o pelote e quando o rádio avisou que alguns favoritos haviam ficado no corte… Ai que as equipes na ponta deram seu máximo, Trek e Bora puxaram tão forte que até quem estava no grupo da ponta teve dificuldade em se manter no grupo.
Enquanto víamos o colombiano Sergio Higuita pequenino entre os líderes, atrás mais um infortúnio para a Arkéa. desta vez Nairo Quintana foi ao chão restando 25km para o final e não conseguiu mais reconectar. Ao final Quintana perdeu 1:25 para o líder Schachmann. Na chegada um sprint selecionado com onze ciclistas, a Bora mais montada lançou Pascal Ackermann cedo demais. E quem se aproveitou foi o italiano Giacomo Nizzollo da NTT que saltou para vencer o sprint. Em segundo ficou o belga Dylan Teuns da Bahrain e em terceiro o também belga Tiesj Benoot agora pela Sunweb.
Schachmann lidera com 15 segundos de vantagem sobre Nizzolo da NTT e 21 sobre Jasper Stuyven da Trek. A etapa de hoje temlongos 212,5km com chegada em subida. Será uma oportunidade para sprinters leves e ciclistas clássicos como Benoot e Alaphilippe. A ESPN transmite ao vivo a partir das 10:40.
Confira os melhores momentos:
