Um ataque que começou com Philippe Gilbert a 22km para o final deu espaço para Bob Jungels que seguiu solo para vitória. O pelote hesitou em perseguir e quando resolveu atacar era tarde, dentro dos 6km finais Vanendert da Lotto atacou e atrás dele Romain Bardet da Ag2r e Michal Woods da EF first. Ao final Woods foi segundo com Bardet em terceiro. O luxemburguês de 25 anos, tetracampeão nacional venceu sua primeira monumento.
Resumo da prova:
Confira os dez primeiros colocados:
Na entrevista, Jungels explicou que a ideia do ataque era de fato pulverizar o pelote eliminando gregários. Mas como ninguém o acompanhou ele seguiu solo. Confira a emoção ao ser parabenizado por Julien Alaphilippe:
Love these guys, love this superb team spirit!#WayToRide #LBL#TheWolfpack pic.twitter.com/XGNwMRreia
— Quick-Step Cycling (@quickstepteam) 22 de abril de 2018
A prova
Liège-Bastogne-Liège é aquela prova que “come” o ciclista, se na Strade Bianchi a distância pesa, se na Paris-Roubaix pesam o clima e os paralelepípedos, na La Doyenne o que consome o ciclista são as colinas duras. Nesta edição são 11 montanhas indicadas pela organização mais dezenas de colinas e rampas ao longo dos 258km.
São subidas sempre curtas com até 2,5km mas muito íngremes. As vias estreitas e com um público fabuloso torna tudo mais difícil e belo:
As subidas chave são aquelas indicadas pela organização como mais propícias para um ataque:
Temperatura amena e 258km
Com temperatura ao redor dos 19º o pelote partiu de Liège as 10 horas do horário local. Logo nos primeiros quilômetros a fuga se estabeleceu:
A fuga teve uma vantagem de 5’40” no topo da Côte de Bonnerue com 183km para o final. O pelote só começou a reagir quando a prova entrou nos 100km finais, na fuga, Warnier e Van Gompel sobraram e a vantagem pela seguia 3’40” para o pelote. O dinamarquês Casper Pedersen da Aqua Blue então atacou na Côte de la Ferme, sexta subida do dia mas antes do topo sobrou e assim a fuga ficou reduzida a cinco, já que Vachon sobrou com o dinamarquês.
Vliegen, Perez, Christian, Baugnies e Ourselin entraram nos 70km finais de prova com 3’20” de vantagem para o pelote. O pelote só acelerou de verdade quando a marca de 35km para o final foi rompida, Jerôme Baugnies atacou da fuga e abriu um minuto de vantagem. Atrás a fuga deu-se por vencida e foi neutralizada com 28.5k para o final restando apenas Baugnies solo 30″ a frente. Na transmissão foi dado destaque a bicicleta utilizada pela Aqua Blue com pedivela de uma velocidade. Falamos em fevereiro da bicicleta que ganhou uma etapa da Herald Sun, uma prova UCI 2.1.
http://www.pelote.com.br/lasse-hansen-ganha-prova-com-grupo-1×11-na-estrada/
Com Baugnies neutralizado a 22km do final a Bahrein e Movistar comandaram a ponta do pelote na subida a Côte de la Roche-aux-Faucons. No meio da escalada Philippe Gilbert atacou, Tom Dumoulin subiu na marcação e Bob Jungels que atacou e abriu cerca de dez segundos. Esse movimento pulverizou os gregários concentrando os favoritos. Um o pelote exitou um pouco e Jungels colocou 30″ de vantagem no pelote reduzido com 14km para o final.
O resultado da pancadaria foi que o grupo de favoritos não se organizou e com 6km para o final Bob Jungels tinha 50″ de vantagem. Na subida da Cote de Saint Nicolas a vantagem de Jungels começou a cair, Vanendert da Lotto descolou do grupo perseguidor que passou a se despedaçar com Bardet e Woods lançando ataque.
Mas não havia tempo para reação e Bob Jungels venceu com folga. Michael Woods da EF foi segundo com Romain Bardet em terceiro. Esta foi a 27ª vitória da Quick-Step na temporada a grande vencedora das provas clássicas. Agora o ranking UCI encerra as clássicas com Peter Sagan em primeiro lugar seguido por Valverde.
“Exitou” – coberto de êxito x “Hesitou” – agiu com hesitação.
Verdade Eduardo, falha minha! Obrigado pela colaboração