O presidente da UCI David Lappartient em entrevista ao Luxemburger Wort sinalizou que não gostaria de ver Bjarne Riis levar sua equipe dinamarquesa Virtu Pro-Véloconcept subir do nível continental para o patamar Mundial; o motivo alegado por Lappartien seria o envolvimento de Riis no doping:
“Aqueles que já se doparam não tem lugar no ciclismo esportivo. Dizer qualquer outra coisa é hipocrisia, todo ciclista precisa atentar a um objetivo: O Ciclismo precisa ter credibilidade, de outra modo tudo esta perdido. Há ciclistas que se doparam em suas épocas e não são bem-vindos no ambiente do ciclismo de hoje. Eles infligiram danos imensos ao esporte e precisam viver com as consequências.”
Bjarne Riis admitiu em 2007 ter se dopado em sua carreira entre 1993 e 1998, inclusive durante o Tour de 1996, sua maior conquista. Riis foi diretor esportivo e sócio da equipe Tinkoff desde 200 com o nome de Memory Card-Jack&Jones, passando a CSC, Team Saxo, Saxo-Tinkoff até ser retirado da equipe por Tinkov em 2015. Em 2016 Riis e seu antigo sócio e CEO do Saxo Bank, Lars Seier anunciaram a compra da equipe continental dinamarquesa Trefor e renomearam Virtu Pro-Véloconcept.
Via twitter, o maior vencedor do Tour de France e mais celebre dopado da história do ciclismo, Lance Armstrong fez troça da fala de Lappartient ao dizer:
“Urgente, ciclismo irá precisar de uma carga enorme de pessoas o mais rápido possível para gerenciar equipes, treinar pilotos, guiar na caravana, gerenciar e organizar eventos, comentar na TV, e ate mesmo trabalhar para a UCI”
URGENT – cycling is going to need a shitload of people ASAP to manage teams, coach riders, drive in the caravan, manage/organize events, commentate on TV, and even work @UCI_cycling! Send resumes to @DLappartient. https://t.co/ZV4jSsh2xL
— Lance Armstrong (@lancearmstrong) 14 de novembro de 2017
Atual comentarista da TV dinamarquesa, Michael Rasmussen que foi retirado pela equipe do Tour de France que certamente venceria por suspeita de doping a pedido do patrocinador (Rabobank) foi ácido na critica:
Se ele realmente acredita nisso seriamente ele deveria ter limpado os quadros franceses quando foi presidente da federação francesa, poderia ter começado com Marc Madiot (gerente da FdJ), e sobre Contador e sua equipe de desenvolvimento? Ou Valverde e sua equipe de desenvolvimento em Murcia? Mas a intenção da punição no ciclismo é a mesma na sociedade, assim todos aqueles que cumpriram suas penas devem ter o direito de retornar a sociedade em pé de igualdade com os demais. Você começa a temer que Lappartient apenas provenha (ao ciclismo) o que Cookson entregou por quatro anos, ar quente.
Fica a sensação de que Lappartient por vezes joga para a galera sem observar o próprio tapete.