Um contrarrelógio por equipes abriu a La Vuelta Feminina 2025 com vitória da Lidl-Trek, a SD Worx foi segunda e a Liv AlUla a terceira. Com o resultado, a a neerlandesa Ellen van Dijk lidera a disputa.
Com um percurso de poco mais de 8km, a Lidl Trek venceu por pequena margem o contrarrelógio por equipes e lidera a La Vuelta Feminina 2025. A equipe Movistar da brasileira Tota Magalhães foi a sétima colocada com 16s de desvantagem para a vencedora.
La Vuelta Feminina 2025
O ciclismo feminino pedala e rápido para corridas de sucesso e é assim com a La Vuelta Feminina, a disputa que começou como um desafio de um dia (La Madrid Challenge By La Vuelta em 2015), foi crescendo e desde 2023 tem sete etapas. Para a edição 2025 a organização criou um trajeto multitarefa, começando com um contrarrelógio por equipes, passando por uma etapa de sprint puro, duas para ciclistas clássicos com rampa no final, uma de meia montanha e duas chegas ao alto com a final decidida no Alto de Cotobello nas Asturias.
Ao todo 14 equipes WorldTour Femininas participam da disputa e também 3 equipes ProTeam Woman (segunda divisão) e 4 equipes Continentais Femininas (terceira divisão). Entre as favoritas para o título geral estão:
- Demi Vollering – FDJ Suez – Considerada a melhor ciclista da atualidade, fechou um contrato a peso de ouro com a nova equipe e ainda não entregou a performance esperada.
- Anna Van der Breggen – SD Worx Protime – Antiga mentora de Vollering optou por voltar a competir nesta temporada após três temporadas e vem mostrando uma performance assutadora.
- Pauline Ferrand Prévot – Visma Lease a Bike – A ciclista mais multitarefa do ciclismo venceu na estrada, no cyclocross, no MTB e agora voltou a estrada e busca sua primeira grande vitória na temporada.
A brasileira Tota Magalhães e a Movistar
Única brasileira no mais alto nível do circuito profissional (incluindo ai também o masculino), Ana Vitória “Tota” Magalhães compete pela equipe mais tradicional do ciclismo (numa analogia com o automobilismo, a Ferrari) e por onde passaram nomes do ciclismo brasileiro como Antonio Silvestre, Gabriel Sabbião e mais recentemente Vinicius Rangel. De perfil discreto, a carioca de 24 anos compete pela quarta vez na La Vuelta e busca em seu papel de gregária auxiliar as capitãs da equipe, Marlen Reusser e Liane Lippert. Nas voltas de uma semana a melhor performance da brasileira foi ano passado quando chamou atenção no Giro Woman ao vestir a camisa de líder de montanha por um dia.
Histórico, Tota Magalhães veste a camisa de líder de montanha no Giro d’Italia Women
Onde ver a La Vuelta Feminina 2025 – Exclusividade por Streaming
O grupo Disney detém os direitos de transmissão da La Vuelta Feminina 2025, infelizmente o acordo de transmissão foi fechado muito em cima da hora e a emissora não conseguiu viabilizar a transmissão em um de seus seis canais fechados. Assim a transmissão ficou a cargo exclusivo do Disney+ e disponível apenas no pacote mais caro, o Disney+ Premium, bem escondido na aba ciclismo e apenas em inglês. É uma pena para o ciclismo feminino que isso tenha acontecido, após três temporadas com a La Vuelta ao vivo na ESPN 3, disponível nos planos mais básicos de assinatura e com narração e comentários em português.
Classificação da Etapa 1 – La Vuelta Feminina 2025
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Porque usamos Neerlandês e não Holandes?
Durante muitos anos a vasta maioria das transmissões esportivas se dirige aos habitantes e a própria nação dos Paises Baixos como Holanda, que de fato é uma província (algo como chamar todos os brasileiros de cariocas). Em 2019 os Países Baixos promoveram uma campanha mundial, pedindo que seu país seja reconhecido pelo nome oficial, reino dos Países Baixos (Netherland) motivo até que houve uma famosa gafe na transmissão de um jogo da Copa do Mundo de Futebol em 2014:
Além disso, o ciclismo de competição nos Países Baixos é profundamente enraizado nas províncias do Brabante do Norte, Limburgo e Utrecht e menos na Holanda do Sul ou Holanda do Norte, que são as mais populosas do país. Durante apenas quatro anos de sua existência os Países Baixos foram de fato conhecidos como Holanda, foi entre 1806 e 1810 quando Napoleão Bonaparte conquistou a região e deu o nome de Reino da Holanda, anexando ao Primeiro Império Francês. Desde 1815 o país se chama oficialmente Reino dos Países Baixos.