Centenas de ciclistas de todo Brasil disputaram no último final de semana o Campeonato Brasileiro Master de Ciclismo. As provas aconteceram na cidade de Senador Canedo no estado de Goiás. A jovem cidade de Senador Canedo, antes um bairro de Goiânia é uma das mais ricas do Brasil com um Pib per capita na ordem de R$33.000 reais anuais e cerca de 100.000 habitantes.
Entre os assuntos destacados desta edição esta a forte atuação da ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) efetuando testes em diversas categorias.
“A Confederação Brasileira de Ciclismo faz os eventos e a ABCD os controles, desta forma estaremos buscando a prática do ciclismo saudável visando saúde, igualdade e o bem estar na prática do esporte” José Luiz Vasconcellos, presidente da CBC

Mais de 600 ciclistas disputaram 24 categorias

Se o crescimento do ciclismo no Brasil acompanhasse a disputa master poderíamos almejar sonhos mais altos. Entre sexta-feira 26/07 e domingo 28/07 foram disputadas as provas do Campeonato Brasileiro Master de Ciclismo e Sub30 (categoria destinada aos ciclistas que não tem índice para disputar na Elite). Apesar de utilizar o formato de circuito, a Confederação Brasileira de Ciclismo e a Federação Goiana de Ciclismo montaram um grande circuito de 14km, mitigando o principal problema do tipo de disputa que é cortar rapidamente os atletas.
Entenda a salada de letras
Para permitir a competição mais alinhada com cada faixa etária, o Ciclismo é organizado com faixas de 5 anos no Masculino:
- Elite: 23 a 29 anos ou critério técnico (performance)
- Sub23: 19 a 22 anos
- Sub30 – 23 a 29 anos
- Master A1 – 30 a 34 anos
- Master A2 – 35 a 39 anos
- Master B1 – 40 a 44 anos
- Master B2 – 45 a 49 anos
- Master C1 – 50 a 54 anos
- Master C2 – 55 a 59 anos
- Master D1 – 60 a 64 anos
- Master D2 – 65 anos ou mais.
Já as categorias femininas são divididas:
- Elite: 23 a 29 anos ou critério técnico (performance)
- Sub23: 19 a 22 anos
- Sub30 – 23 a 29 anos
- Master A – 30 a 39 anos
- Master B – 40 a 49 anos
- Master C – 50 anos ou mais.

Assim foram disputadas provas de contra relógio individual e resistência das 9 categorias masculinas (do Sub30 ao Master D2) e das cinco categorias femininas (do sub30 ao Master D2).
Para participar do campeonato nacional de masters, o ciclista precisa estar filiado a federação de seu estado ter índice e pontuação na federação de seu estado.
Evento teve acompanhamento da ABCD

Em iniciativa rara, a CBC e ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) efetuou testes em diversas categorias. Assim os ciclistas que sobem ao pódio (primeiro ao quinto lugar), foram testados em prol do esporte limpo. Claro que os trapaceiros de plantão estiveram presentes e protagonizaram a situação bizarra ao abandonarem o local. Graças a esse trabalho não veremos os fujões por longos anos. Lamento aqui a vulgarização e ampla divulgação do fato como se fosse o mais importante do campeonato. Não é, e não é graças ao trabalho contra a dopagem.
O importante é destacar e valorizar o trabalho pelo esporte limpo, raros são os campeonatos mesmos de elite com testes em todas categorias. Em campeonato máster é a primeira vez que tenho conhecimento. Esportes com muito mais espaço de mídia não efetuam exames em tamanha quantidade e abrangência.
Fica nosso parabéns a todos os atletas participantes que engrandeceram o ciclismo brasileiro, e o parabéns especial para a iniciativa de levar a luta pelo esporte limpo para as categorias Masters.