Peter Sagan ataca 50km do fim e vence Paris Roubaix

Com ataque a 50km do final Peter Sagan coloca ainda mais seu nome na história do ciclismo ao vencer a Paris Roubaix. Sagan juntou-se a fuga e seguiu com o suíço Silvan Dillier que esteve na fuga por 230km para vencer no velódromo antigo de Roubaix. Desde 1981 o campeão mundial não vencia a prova, o último foi Bernard Hinault.

Sagan tem agora entre seus principais títulos:

  • Três campeonatos mundiais (2015, 2016 e 2017)
  • Uma Paris Roubaix (2018)
  • Volta a Flandres (2016)
  • Três Gent Wevelgen (2013, 2016 e 2018)
  • Oito etapas no Tour de France
  • Camisa verde (pontos) do Tour de France por 5x.

Com tempo bom a Paris Roubaix começou com uma fuga de seis ciclistas, com vento favorável os primeiros quilômetros foram muito rápidos. Na ponta Bystrom – UAE, Dillier – Ag2r, Soler – Movistar, Robeet – WB Aqua, Duquennoy -WB Aqua e Wallays -Lotto ficaram mais de 200km na ponta. Com 160km para o final aconteceu uma grande queda, ao menos doze ficaram no solo, Magnus Cort Nielsen da Astana foi forçado à abandonar devido aos ferimentos. Além da dificuldade da queda ocorreu a quebra do pelote com alguns favoritos ficando para trás como Kittel e Avermaet. A BMC teve que trabalhar duro para reconectar Avermaet.

A parte trágica da prova veio com a queda de Michael Gooelarts, belga da Vérandas Willems que caiu na segunda zona de paralelepípedos e ficou gravemente ferido. As 13:45 na França sofreu parada cardiaca e necessitou ser reanimado na pista. Posteriormente foi removido de helicóptero para o hospital de Lile onde sua condição foi classificada como grave.

Com 100km para o final nova queda, desta vez com Trentin da Quick Step e Langeveld da EF First, na ponta, sem aparecer na TV veio a notícia de que Geraint Thomas da Sky abandonou devido a uma queda. Um ataque de Stybar para conectar a fuga funcionou, primeiro o checo alcançou Marc Soler e num longo trecho de paralelos além de deixar o espanhol para trás conseguiu conectar a fuga.

Veio o movimento chave da prova com o ataque de Peter Sagan da Bora:

Atrás 1’20” o grupo com favoritos pouco revezava a ponta com a Bora tendo de fazer o trabalho, Sagan então aproveitou um trecho estreito para atacar faltando 57km para o final deixando Marcus Burghardt travando a ponta do pelote para evitar um contra ataque. A corrida então ficou mais aberta, veio uma queda com Tony Martin e Kristoff. Restavam 50km para o final, Sagan conectou a ponta com Jelle Wallays da Lotto e Silvan Dillier da Ag2r, um grupo com Terpstra e Avermaet estava 30″ atrás e o grupo com Gilber 1’20”.

Com 30km para o final a prova estava com um formato definido, ou a fuga com Sagan ganharia a prova ou o grupo com Avermaet precisaria trabalhar muito. A diferença para o grupo de Avermaet subia, Wallays sobrou e com 22km para o final a diferença estava em 1’17”, a prova ficava cada vez mais com jeito de vitória de Sagan. Peter Sagan ainda teve de apertar a mesa de sua bicicleta enquanto pedalava.O grupo perseguidor se reduziu a Avermaet, Sep Vanmarcke, Gilbert e Stuyven e não conseguiu reduzir a diferença significavelmente. Assim com 5km para o final Sagan e Dillier entraram no último trecho de paralelepípedos com 50 segundos de vantagem para fuga. A vitória seria decidida no velódromo.

Restavam uma volta e meia para o final no antigo velódromo de Roubaix e Sagan foi o primeiro à arrancar e bateu o campeão suíço Silvan Dillier. Terpstra foi o terceiro colocado com Avermaet em quarto.

Os dez primeiros colocados da prova foram:

 

 

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