Peter Sagan vence Gent Wevelgem no sprint após 251km!

Luiz Papillon

O eslovaco tricampeão mundial Peter Sagan venceu a Gent Wevelgem com Elia Viviani em segundo e Arnaud Demare em terceiro. Após o pelote dividir, o grupo selecionado de líderes alcançou a fuga, a prova terminou no sprint. Elia Viviani mostrou toda frustração ao cruzar a linha esmurrando o guidão sabendo que tinha pernas para vencer mas errou o timing.

Elia Viviani desolado chora no final de prova

 

https://www.youtube.com/watch?v=lSIya9WzzCE

A semana belga no circuito mundial de ciclismo de estrada seguiu hoje com a 80ª Gent Wevelgem uma prova disputada sempre no domingo que antecede a Ronde Van Vlaanderen, segunda monumento da temporada. Desde 2012 é organizada pela Flanders Classics que organiza diversas provas entre elas a Ronde.

Passando por trechos onde batalhas históricas da segunda grande guerra, os monumentos e cemitérios fazem parte da paisagem da prova.

Com trechos em paralelepípedos e ruas estreitas a prova é marcada também pela passagem pelos “bergs” as subidas duras e curtas na região o que desmancha o pelote e sempre favorece pequenos grupetos, por isso o posicionamento é sempre fundamental. Um marco de passagem é a subida ao Kemmelberg, principal subida da região com 3.000m de extensão e inclinação de até 13% nos trechos mais duros.

Na edição 2018 a prova teve 3 setores de paralelepípedos e 11 subidas passando por duas vezes no Kemmelberg a última na marca de 215km:

1. Katsberg aos 114 km para o final
2. Kokereelberg 110 km
3. Vert Mont 108 km
4. Black Mountain 106 km
5. Black Mountain 100 km
6. Ravensberg 94 km
7. Baneberg 83 km
8. Kemmelberg 75 km
9. Monteberg 71 km
10. Baneberg 39 km
11. Kemmelberg 34 km

A prova começou com frio e a fuga só se formou 35km de prova, os escapados do dia foram:

  • Frison da Lotto Soudal
  • José Gonçalves da Katusha
  • Filpo Ganna da UAE
  • Duquennoy da Veranclassic
  • Van Goethem da Roompot
  • Van Schip da Roompot

A fuga chegou a uma vantagem máxima de 10’20” o que motivou a reação do pelote, que começou aumentar o ritmo a partir da metade da prova ao redor dos 120km para o final. As quedas nas estradas estreitas e acidentadas foram minando o pelote. Gilbert atacou na última subida para formar um grupo de perseguição a fuga tinha ali 34km para o final vantagem de 1’20”.

Com 25km para o final um grande grupo perseguidor com cerca de 25 pilotos  alcançou a fuga mantendo o segundo grupo com 40″ atrás. Nesse grupo estavam os grandes favoritos, Avermaet, Sagan, Gilbert, Viviani entre outros, no segundo grupo a Astana comandava a perseguição, uma tarefa insólita para desbancar um grupo tão forte.

Detalhe do guidão aberto de Pim Ligthart da Roompot a esquerda

Na ponta Sagan puxava por setores longos até que 17km do final se irritou com a falta de revezamento e foi para o meio do grupo. Nesse momento a Astana lançou um contra-ataque de Valgren e Nielsen juntamente com Alexander Kristoff da UAE para tentar conectar ao grupo, na ponta o grupo reagiu e começou a revezar com destaque para Wout Van Aert o jovem tricampeão do ciclocross.

 

 

Com 3km para o final ficava claro que a prova teria uma chegada em sprint, com Demare, Modolo e Viviani no grupo os punchers precisavam tentar um ataque e foi o que aconteceu na marca de 1,5km com Avermaet e Wout tentando escapar mas a marcação era intensa, o segundo ao ataque foi Sep Vanmarcke já dentro do quilometro final mas a chegada foi para o sprint. E foi Peter Sagan que teve maior fôlego para vencer o sprint e a prova pela terceira vez na carreira. Sagan iguala-se a Boonen, Cipollini, Van Looy, Van Eenaeme e Eddy Merckx como maiores vencedores da prova.

Os dez primeiros da prova foram:

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