Critério de fixa no kartódromo um show da Daemon

Luiz Papillon

Semana passada em São Paulo rolou uma competição que é muito popular na cena de ciclismo na Europa e Estados Unidos, uma prova de critério nos moldes da Red Hook entre outras, o pessoal da Daemon mandou muito bem na organização e fechou o Kartódromo Itália Kart de Valinhos para disputa do Daemon Track Crit .

Para ter uma ideia de como é competir numa prova diferente, falamos com o arquiteto François Skaf Lorenzon que pedala na estrada com o Pelote, treina na Usp no Pelotão Cicle Cousins e pedala de fixa.

François Skaf Lorenzon – Foto: Diego Cagnato

Pelote: Fran, você correu o critério da Daemon, o que sentiu de diferente da prova com bicicleta fixa em relação aos treinos coletivos no pelotão ou provas de speed?

François: A dinâmica da prova é muito diferente pois com a fixa você procura poupar um pouco as pernas, assim você no final da reta solta um pouco as pernas para fazer menor esforço no contra pedal para frenagem que é um ponto a ser treinado na mudança da estrada para fixa.

Pelote:  A prova num kartódromo onde há um ambiente mais controlado, com briefing e tudo deixou a coisa mais profissional?

François: O kartodromo deixou tudo mais seguro e controlado tanto para organização quanto atletas, com a estrutura para quem vai assistir com arquibancada, banheiros e até espaço que o pessoa pode colocar rolo de treino para aquecer.

Pelote: Como é a sensação de participar uma prova percussora da modalidade, ou seja fazer história?

François: É bem legal fazer parte de ver a prova crescendo, na primeira edição fui como expectador e fiquei arrependido de não ter participado, nesta mesmo sem um maior investimento uma vez que Fixa não é minha modalidade principal, mas montei uma bike de aço bem simples e foi uma das provas mais intensas e divertidas que já fiz, quem foi e não correu ficou na vontade pois foi sensacional.

Aquecimento para Prova – Foto: Diego Cagnato

Pelote: Nos critérios com bicicletas de estrada rolam muitas cotoveladas e empurradas especialmente nas saídas de curva, como foi na fixa?

François: O pessoal foi bem responsável, até onde fiquei na prova pois caí rolou um fair play muito legal, afinal todos ali se conhecem de fora do pedal, das redes sociais então havia um respeito muito grande. No final algumas pessoas comentaram que evitaram forçar ultrapassagens justamente para evitar acidentes. Esse tipo de espírito só faz a prova crescer mais.

Pelote: Pra fechar, você gostaria que tivessem mais provas do tipo? Se a Daemon fizesse uma prova mensal em kartódromo você iria mais vezes do que em circuitos de rua improvisados?

François: Acho que um calendário com pontuação e dando tempo para o pessoal descansar e treinar, é muito legal o Chico -Francisco Martins organizador da Daemon- estar a frente disso mas é importante também que surjam outros organizadores e apoiadores para fazer esse tipo de prova crescer.

Daemon Crit2 – Foto: Diego Cagnato

O race report da prova você pode conferir diretamente no site da Daemon clicando aqui.

Não deixe de conferir também a sensacional galeria de fotos de Diego Cagnato

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Next Post

Renovação de Kwiatokowski fecha primeira semana de transferências!

O mercado de transferências no ciclismo profissional abriu dia 01/08 e uma semana depois algumas surpresas confirmadas, a maior delas a mudança de Warren Barguil da Sunweb para a Fortuneo, após perder Mikel Nieve para Orica, Peter Kennaugh para Bora a Sky renovou Froome, Kwiatkowski e Geraint Thomas, mantendo ainda […]

leia também

Receba as novidades em seu e-mail