Marcelo Marino wrote:Mas tem que ver que estão usando cassetes maiores também pelo que parece.
marcoaleite wrote:Olha vou falar uma coisa, não que eu seja referência, mas tem horas que a coroa 53 sobra no TT. Trechos com descida eu estourei a cadência com 53x11, se pensarmos que hoje eles usam tudo 11v, a gama de marchas com uma coroa 56 ou 58 fica interessante com um cassete 11-25 por exemplo.
Marino e Marco, eu vi no site da Sky que estavam a usar 12-27. Mas até aí, eu não posso assegurar, porque nitidamente ontem o Wiggo usou uma pedivela diferenciada, não era a tradicional Dura-Ace com medidor de potência que estava na bicicleta promocional da Sky... Vi também em algum lugar não sei aonde, que em o 11 tem prejuízo em relação ao 12 do ponto de vista físico. Mas como não entendo o suficiente de física, achei que era bobagem e não fui atrás. Tenho uma amiga que trabalha na Shimano e ela disse que hoje é pouco comum nas séries dos grupos novos (2014-5) a fabricação do cassete com 11, que o mais comum é a de 12. Não sei qual seria o tamanho da diferença, mas com 53x12, que eu uso, jamais espanei a pedivela (ou seja, ultrapassei a cadência máxima da relação) por mais que alguns mínimos segundos em alguma descida grande. E quem disse que eu sou referência de cadência!!?

Marco, na ocasião de ontem, se eu não estou enganado, houve um pequeno trecho de subida ali no percurso de TT do Mundial na Espanha. Por mais lógico que seja, afinal, num contrarrelógio o cara gira o máximo que dá o tempo todo!, eu ainda estou achando esse lance de 58 uma coisa maluca. Quando eu me interessei por cadência, há uns dois ou três anos, para saber se compensava uma cadência elevada ou uma cadência com mais força, pois eu sempre fui um cara muito mais forte do que resistente do ponto de vista do cardio, eu procurei por um artigo científico de ergonomia do esporte na plataforma Scielo. Pois bem, encontrei apenas um e a conclusão a que se chegava (mas acho isso um tanto prematuro ainda, e um tanto subjetivo, depende de atleta para atleta) é que uma cadência em torno de 70-80 era mais eficiente em percursos regulares do que uma acima de 100. Vou procurar esse artigo aí para mostrar pra galera. Na ocasião, este artigo me convenceu. Hoje eu teria que repensá-lo. Mas vendo essa aparente tendência de se jogar um volantão cada vez maior, começo a desconfiar que há uma análise técnica-científica envolvida nisso... não fariam isso em vão, como um tiro no escuro. Não no pro-tour... ou não!

