Ontem faleceu nosso querido amigo Igor Gabia, jovem randonneurs de 18 anos, vítima da violência e criminalidade que ronda nossa paixão: pedalar nas estradas.
Pelos relatos, dois marginais, na altura do KM 16 tentaram derrubar a Sílvia (que conseguiu desviar) e o Igor, que foi ao meio da pista e, após ter sido atropelado por um caminhão, não resistiu aos ferimentos.
Familiares, amigos, a comunidade Audax/sp, todos de luto. Uma perda absurda.
Sabemos que nosso esporte apresenta riscos inerentes. Todos aqui aceitam esses riscos, por serem conhecidos e plenamente calculados.
Mas ver que a ação de criminosos tirou a vida de Igor, sendo que há tanto tempo esses elementos sabidamente agem nas poucas rotas utilizáveis para a prática do ciclismo de estrada é inaceitável.
Cobrar ação das autoridades é nosso dever. Em memória do colega e para o bem de nosso esporte.
NÃO adquirir produto de origem duvidosa, com preço baixo, é também indispensável. Alertar os iniciantes a evitarem essa prática idem.
De resto, termos atenção redobrada. As ações desses bandidos não estão observando se o ciclista está ou não com bicicleta cara, de marca ou qualquer outra referência. Igor estava com uma bicicleta speed não chamativa, uma Miyamura personalizada.
Na verdade, não lhe foi nem dada oportunidade de entregar a bicicleta, a ação foi extremamente agressiva e sem precedentes.
Eu e minha esposa fomos ontem ao velório e vimos o estrago que foi feito em todos nós.
Já Igor certamente está em um lugar de paz. "
Post original do forista Todinho, no pedal.com.br
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Acho que é chover no molhado dizer que está cada dia mais arriscado pedalar na estrada.
Acho também que "cobrar as autoridades" não vai ajudar em muita coisa, tanto pelo fato de ser em um local aberto de difícil vigilância quanto pelo Desgoverno do Estado de SP que ri da nossa cara apresentando números que de alguma forma dizem que a violência já esteve pior ou asneira do tipo.
Não conhecia o ciclista, mas ele era parente de uma conhecida que faz parte do OZ Bikers e sempre organiza pedais noturnos visando inclusão social como o Pedal do Dia das Crianças no qual participei e cada ciclista recebe kits com doces pra entregar pras crianças, ou pedais incluindo cadeirantes e afins. Pedais abertos à participação de qualquer pessoa, sempre na periferia, sempre incluindo a molecada que, no máximo, tem uma bike de supermercado pra pedalar.
Ligação estranhamente injusta, não?
