Via facebook muitos comentários sobre o que mudar, penso o problema do WT é o custo alto para se manter uma equipe com 25 pilotos e nas provas o controle excessivo pelas equipes para manter os candidatos a líder geral, muitos apontam para o rádio como vilão da vez.
Por mais que mantenham os PMs, a ausência do rádio já deixaria a galera sem uma visão geral da prova, o que os forçaria a usar um pouco mais de "sentimento".
Na real, proibir qualquer modo do atleta acerca das suas condições eu não acho bacana , mas rádio eu acho que seria válido, assim como diminuir o número de atletas nas corridas...
Parece que a diminuição do número de atletas por equipe em cada competição vai começar ano que vem. O fim do rádio também seria bom. Banir medidores de potência, cadência e frequência cardíaca já acho difícil, pela questão comercial. Afinal, as fabricantes desses equipamentos são patrocinadoras das equipes e atletas.
Penso que a diminuição de pilotos por equipe ajudaria mais, embora possa ser uma faca de dois gumes. A lógica é que mais equipes pudessem ter ciclistas de pontas, mas não impediria uma super equipe.
Obvio que antes de testar num Tour, o ideal seria testar em provas de uma semana. 5-6 pilotos por equipe já daria uma GRANDE diferença na estratégia, pois os favoritos teriam que cooperar mais para neutralizar fugas.
Eu não concordo com essas medidas de reduzir o número de atletas por equipe, retirar medidor de potência ou mesmo rádio.
Esses elementos contribuem para um desempenho melhor dos ciclistas individual e coletivamente. Por outro lado, até agora o único argumento que eu vi para justificar essas medidas seria aumentar a "emoção da corrida" ou dificultar a hegemonia de um atleta ou equipe, o que me leva a conclusão de que essas medidas são contra o esporte.
Acho que os ciclistas que defendem essas medidas não confiam no próprio treino ou no próprio físico. O que eles querem é uma desorganização maior para, quem sabe, ganhar de alguém que, na CNTP, lhe daria na cabeça.
Esse mesmo argumento justificaria também corridas em terreno excessivamente perigoso ou que gerassem quedas.
Agora vamo lá. Eu também não gosto de ver corrida previsível ou sem ataques. Mas isso por acaso é mesmo culpa do Froome ou da Sky? Vejam aí o Tour da França. Quem ficou na ponta de uma prova chata foi a Movistar ontem.
Se os organizadores querem que as suas provas sejam mais interessantes ou imprevisíveis, então que façam um traçado mais bem pensado.
O Tour é até que bem equilibrado com dias para Sprint, outros para fuga no plano ou montanha, assim como as etapas que naturalmente terão como protagonista os líderes da geral.
Os organizadores da Vuelta tem a mania de fazer etapas recheadas com montanhas - uma atrás da outra - achando que ciclista é gado e que percentual de inclinação fosse garantir uma prova disputada. Imagina mudassem o perfil das etapas ou regra de bônus para favorecer um cara de clássicas e não só os grimpeurs? Sean Kelly já ganhou uma Vuelta assim. Não seria nada absurdo se fizessem isso de novo.
uma corrida de ciclismo envolve (ou um dia envolveu) diversas coisas além de quem está na melhor forma física, saber "ler" a corrida, mudar de estratégia, determinar ataques falsos ou não, se posicionar no pelotão, entre outras coisas são fatores que fazem parte da "inteligência" do ciclismo e o rádio acaba muito com isso, os líderes não precisam mais ser líderes, basta que sigam as atualizações e ordens dadas minuto a minuto pelo técnico da equipe.
concordo com o euovelha, mas ainda discordo do rádio
Assim como na F1, as ordens agora são "indiretas".
Se fosse no FEELING, seria mto mais maneiro. E claro, com os gregários ajudando os seus líderes.
Com relação aos powermeters e afins, achei uma babaquice do Quintana falar isso. Evolução tecnológica ta aí pra isso. Igual evolução dos capacetes, roupas, pedais e etc.
uma coisa que acontece falando do froome em específico é que ele tem a equipe mais forte do WT. Ele consegue controlar tudo pela potência pq sempre vai ter alguém da equipe dele puxando o pelotão nas horas que precisa e para responder aos ataques. Estivesse ele em uma equipe mais fraca teria que o tempo inteiro ponderar o quanto vale a pena não responder a um ataque ou aumentar um pouco o ritmo em determinado momento e perder uma roda/marcação/pelotão
DanielCruz wrote:Só liberar o veneno que a emoção volta.
Eu concordo!
O que acontece é pura hipocrisia, se deixassem correr frouxo (liberar seria impossível) como era antigamente na era Pantani, Indurain... teria mais emoção porque os caras iriam com tudo!
Não sei se procede, mas acho que na época tb não tinha rádio né...
tem uma outra coisa que já ouvi falar... seria a UCI liberar aqueles suportes do tipo spinaci ou outros mecanismos de assumir uma posição mais aero, mas cujo uso só seria admitido nas fugas...
o que acham?
eu gostaria ao menos de ver uma experiência, hehehe!
Retirar o rádio é complicado, hoje o piloto não precisa estudar o trajeto para não se perder, coisa que era relativamente comum até 15, 20 anos atrás. A redução de pilotos por equipe em provas pode ajudar mais, os spinaci por mim liberava geral.
Com menos atletas por equipe o controle do pelote fica mais complicado e anular fuga uma decisão mais perigosa por poder queimar gregários cedo.