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Operação Aderlass, médico é condenado a prisão por rede de doping!

material para doping no laboratório do médico de Erfurt.

material para doping no laboratório do médico de Erfurt. | Foto Polícia de Munique

O médico alemão Mark Schmidt de 42 anos, considerado o mentor do esquema de dopagem que funcionou entre 2012 e 2019, foi condenado a quase cinco anos de prisão em regime fechado. Ex-ciclista Stefan Denifl condenado a dois anos de prisão por ser intermediário no esquema de doping.

Mark Schmidt ao centro durante julgamento em Munique | Foto MDR/Marcus Scheidel

Julgamento na justiça alemã termina com cinco condenações

Schmidt foi considerado culpado de 24 acusações de uso de doping e 2 de uso proibido de drogas medicinais. Ao todo a sentença inclui 4 anos e 10 meses de prisão além de um adicional de 3 anos sem praticar medicina e uma multa de 158.000 euros (1 milhão de reais). O julgamento que começou em setembro, foi o primeiro em que a legislação antidoping foi aplicada na Alemanha.

A metodologia aplicada por Schmidt, permitia que os atletas aumentassem a quantidade de células vermelhas (hematócritos) e assim melhorassem a capacidade de transportar oxigênio aos músculos, melhorando a performance.

Os quatro cumplices de Schmidt, um deles seu pai, foram sentenciados de quatro meses a dois anos em liberdade condicional e multa de até 9.900 euros.

“Eu peguei o caminho errado, é minha culpa. Eu lamento ter arrastado as outras quatro pessoas para isso” declarou Schmidt no tribunal.

Escândalo começou com esquiadores pegos em flagrante na Áustria, sendo que um deles estava fazendo a autotransfusão no momento da batida policial. Na esteira das investigações, quatro ciclistas foram suspensos.

Acessórios para transfusão apreendidos pela operação | Foto Polícia Alfandegária de Munique

Stefan Denifl sentenciado a dois anos de cadeia por envolvimento na Operação Aderlass

O ex-ciclista Stefan Denifl foi sentenciado a dois anos de cadeia, porém com 16 meses em liberdade condicional. Denifl confessou o doping logo no início das investigações. Além da condenação, Denifl teve retirada sua vitória na Vuelta a Espanha de 2017 e recebeu uma multa de 349.000 euros (2,220 milhões de reais).

Eu queria conseguir com minhas próprias forças, mas sem o doping não conseguia. Eu não sou um criminoso, eu usei o doping porque a performance esperada no ciclismo não pode ser alcançada sem utilizar doping. Eu não conseguiria um contrato sem me dopar.” Stefan Denifl

Denifl foi considerado culpado de ser um facilitador e intermediário para o esquema de doping entre esquiadores e ciclistas. Denifl competiu pelas equipes Vacainsoleil-DCM, Leopard Trek e IAM Cycling. Seus melhores resultados como ciclista foram caçados pelo tribunal.

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