Uma operação policial em Innsbruck e Seefeld na Áustria chocou o mundo do esporte. Cinco atletas do esqui cross-country foram presos nesta quarta-feira em uma operação contra o doping. Dois austríacos, dois estonianos e um cazaque foram detidos. Assim que confessaram o doping autólogo (transfusão com o próprio sangue) foram liberados mas enfrentarão processos por fraude esportiva. Dominik Baldauf e Max Hauke (austríacos), Aleksei Poltoran (cazaque), Andreas Veerpalu e Karel Tammjarv (estonianos). Os dois austríacos e o cazaque confessaram e deram informações amplas sobre o esquema de doping utilizando eritropoetina a popular EPO. Os estonianos ainda estão detidos enquanto prestam esclarecimentos.
Em Erfurt na Alemanha foi detido o médico Mark Schmidt, com legislação mais rígida o médico ainda que cooperando com as autoridades pode em acordo com seu advogado ficar até 10 anos preso.
Esquema amplo de doping
A clínica do médico atenderia além dos esquiadores, diversos esportistas entre eles nadadores, ciclistas e jogadores de handebol. Dieter Csefan da polícia federal austríaca disse que “outros esportes certamente serão afetados” e tratou o caso como uma “rede global e organização criminosa”. O médico Mark Schmidt já respondeu acusações sobre colaborar com doping quando trabalhou em diversas equipes de ciclismo como a Milram e Gerolsteiner. Bernard Khol foi pego no doping com CERA no Tour de France de 2008 e acusou justamente Schmidt de ministrar a autotransfusão do sangue diluído em solução salina. Khol foi suspenso por dois anos enquanto o médico não sofreu sanções.
O esquema teve como consequência a suspensão de quatro ciclistas por doping, no que foi conhecido como Operação Aderlass