marcoaleite wrote:Pessoal, eu li os comentários e entendo o desanimo de vocês. Eu também não ando muito empolgado ultimamente, mas nem é com o ciclismo em si, mas sim com a vida mesmo. Enfim, até comentei outro dia com o Tiago que dá vontade de vender tudo e largar mão, mas por outro lado fico pensando, ninguém vai me privar de fazer algo que eu gosto. Vou correr riscos, sim, mas vou tentar calcular meus riscos e tentar curtir enquanto eu ainda posso, pois já parei no passado uma vez e hoje eu me arrependo. Agora com 35 anos se eu parar, provavelmente não consiga nunca mais voltar...
Então, vamos em frente e o futuro a Deus pertence. Tenham suas mtbs, curtam sem bitolar com watts, desempenho, tempo, etc... Façam por prazer, é isto que importa.
Minha opinião é muito parecida com a do Marco, a diferença é que ele émuito velho. Eu tenho só 34, hehe
Eu estou em um momento diferente da maioria que postou no topico, eu estou voltando a pedalar. Não é mt em termos de quantidade (800km até agora no ano), sendo quase metade disso em abril.
Comecei a pedalar aos 12 anos, no interior de MG, com MTB. Rapidamente parti para as competições, campeonato mineiro, brasileiro. Por um momento eu achei que realmente seria ciclista de profissão, ganhava corridas em minha região, era podio no Mineiro. Saía 14:30 de casa todos os dias e só voltava perto do anoitecer, mas o treino era pao e agua e sem técnica; finais de semana, nao raro rodava 80km em trilha, voltando pra casa só ao anoitecer, trocava de roupa estilo transicao de triathlon pra ir pra igreja.. Aos 15 anos caiu a ficha que eu não seria profissional, principalmente depois de ter quase certeza de pessoas ao meu redor se dopando nas provas. Nessa época, percebia uma medição das pessoas com base nos equipamentos.
Mudei para BH para estudar, e comecei a fazer isso tao seriamente quanto encarava o ciclismo. Ciclismo me ensinou a ter foco e ir atrás. Antes do ciclismo, eu estudava por estudar mesmo. Nesse aspecto o esporte ficou muito marcado na minha história, pois ajudou a construir meu carater.
Aqui tomei uma decisão que hoje julgo errada: vendi tudo. Bike, uniforme de equipe (esse maior arrependimento até hj), capacete, só não joguei fora as medalhas e trofeus, que continuam na casa do meu pai.
Fiquei 12 anos sem pedalar, estudei, formei, casei. Entao comprei uma mtb usada no ML, só depois me toquei que diferentemente de MG, onde trilha esta a 300m de voce, em sp é mt mais complicado. Fiquei 6 meses, e comprei uma speed numa viagem da empresa. O gosto pelo pedal voltou mas entre 2010 e 2016, n coisas aconteceram, e houve momentos em que pedalei um pouco mais mas a maioria das vezes pedalei muito pouco. Fator saúde m eimpactou bastante também pois em SP eu ficava muito mais doente que em MG, na vdd em 2 anos aqui fiquei mais doente que nos 23 em MG, principalemnte gripes e sinusites.
Em todos os momentos, eu sempre pensei: não vou cometer o mesmo erro e vender a bike. Se precisar de grana, troco por uma mais barata.
Em 2016, meu colesterol ficou alto e achei que aquilo me estimularia a pedalar. Não funcionou.
Só agora em 2017 que me encontrei, e também controlei a sinusite (com homeopatia, não vou entrar em polemica mas pra mim tem sido o efeito placebo mais barato que os antibioticos) e com o dilatador nasal, daqueles de adesivo mesmo. Patroa super agradece a redução dos roncos. E mesmo dormindo 5:30-6hs algumas noites da semana, descanso.
Estava conseguindo pedalar 2 vezes por semana e otimo desde o inicio do ano. Recentemente entrei num grupo de pedal da USP, pelo prazer de pedalar em grupo.
Como sempre trabalhei muito, e tenho dois filhos, eu sempre esperava as coisas no trabalho ou em casa aliviarem para eu poder "ter tempo, disciplina e foco" nos pedais. Este ano me dei conta que se esperasse isso, estaria abrindo mão de algo que foi fundamental no meu dna, a bike. Tenho mtas preocupações com segurança e sou muito mais conservador hoje que fui no passado, na vdd cagão mesmo. Também faço uma oração sempre antes do pedal. E por pior que seja falar disso, eu pago seguro de vida todo mês, seguro que pretendo nunca ser usado. Com a graça de Deus!
E estamos aí: meu nome é Heringer e estou há só 1 dia sem pedalar.
"...vencer, vencer, vencer, este é o nosso ideal; honramos o nome de Minas no cenário esportivo mundial" Clube Atlético Mineiro, aka Galo Forte, Vingador