Pelote

Estava dando uma olhadas nas notícias e me deparei com esta de Curitiba, achei interessante compartilhar.

http://brasil.blogfolha.uol.com.br/2014 ... ciclistas/" target="_blank

Imagino a reclamação dos motoristas como deve estar ao passar por lá!

A via ficou uma porcaria para carros, mas já não era tão boa... porém existem avenidas paralelas a esta que são muito melhores de trafegar.

Os carros, no geral, estão respeitando bastante os ciclistas ali, pelo menos foi o que percebi nas 3 vezes que usei a via, inclusive, quando vão realizar uma conversão, aguardam o ciclista passar, e não tentam acelerar e virar na frente, dando aquela fechada.

Mas para os carros e o comércio, a solução foi muito prejudicial, logo encontram um "meio-termo"

Gosto muito mais desse sistema sem o maldito contra-fluxo! Aprovado, aliás EHMO a velocidade dos carros poderia ser até uns 50km/h que não teria problema.

Como sempre digo, não precisamos segregar o espaço urbano, precisamos é que todos entendam a necessidade do uso compartilhado entre ônibus, carro, moto, bicicleta e pedestre.

Agora vem eu xiita so pra tacar a lenha na fogueira... acho que o uso da bicicleta como meio de transporte nas grandes cidades deveria ter preferencia nos assuntos publicos, fazendo novas ciclovias, incentivando em impostos, até algum incentivo por parte das empresas quando seus empregados vao ao trabalho de bike, imagine se 10% da população de SP fosse trabalhar exclusivamente de bike, quantos carros a menos teriamos nas ruas, quantas doenças coronarianas e pulmonares, AVC que o SUS deixaria de atender num prazo medio de 10 anos?

o melhor incentivo que poderia ser dado é o uso comutavel, criar caminhos como o da reportagem, com incentivo a existencia de locais para guarda de bicicletas ao longo desse caminho, em preferencia próximos a pontos de interesse como shoppings, hipermercados, grandes industrias e terminais de transporte coletivo.

Fomentar esse compartilhamento com campanhas institucionais e em ultimo caso com isenção, descontos para empresas que apoiarem o programa.

Vamos para ex. prático, vou pegar uma cobaia, um indivíduo que more a 4km de um terminal de ônibus, ele pode pegar a bike deixar no terminal e ir de ônibus que vai pelo corredor por 18km até 4km de seu escritório e ai pegar outra bicicleta (desses esquemas do Itaú por exemplo) e chegar ao escritório. Fez um exercício e chegou legal no trampo.

Outra cobaia, essa mora do lado de uma estação de metro, ela desce em pinheiros, pega uma bike e vai pedalando pela ciclovia da corifeu até Taboão da Serra por 6km, deixa no subsolo da própria empresa, toma uma ducha e vai trabalhar ao invés de pegar a "amaldiçoada" Francisco Morato.

Uma última cobaia, esse mora a 20km da estação de metro em um local de periferia e acaba usando seu carro para percorrer 50km até o trabalho já que no transporte público as conexões inviabilizam o uso (isso ocorre em caráter primário nos estremos sul e leste de Sampa), em havendo um ponto onde deixar o automóvel (aqui por exemplo em campanha junto à um hipermercado), ele cobre 18km de carro e perfaz 2km a pé ou de micro-ônibus, e ao descer em outro terminal conclui sua viagem com 6km de bike em área plana.

No último dia mundial sem carro eu notei que só fazem a "competição" usando uma modalidade de transporte (ou só bike, ou só coletivo ou só privado), no entanto se fossem viabilizadas opções, teríamos um aumento dos caminhantes, dos ciclistas, dos caronistas...

Vejo como erro primário dos governos o uso de transportes em paralelo sem conexão, ou seja não se é permitido ao usuário utilizar-se das melhores performances de cada transporte.

A maior queixa que ouço inclusive de pessoas do poder público é "ah hoje todo mundo tem carro", minha resposta é incondicional: - Então use isso a seu favor sua besta!

cara, o nivel da loucura é tanta q não pode entrar de bicicleta no metro do rio durante a semana... não se tem onibus com rack de transporte para bikes, não existe nenhuma junção entre os diferentes meios, da pra ver isso quando olha onde são feitas as estações do metro, barcas e onibus no rio, nada fala com nada quando deviam todas ser interligadas.

Eu curti a via calma, acho q com o tempo o transito vai melhorar, mas não pode só ser ela, tem de ser um anel de baixa velocidade mas com fluxo constante.

Pra mim o principal das ciclovias é educar a população e ter realmente ciclovias, não ciclo faixas, pintadas no asfalto todo cagado de ônibus, sem a menor segurança que é o que temos em niteroi é um martírio pedalar nelas. me sinto mais seguro no transito.

Mas meu principal problema aqui na cidade não é com carros, mas com outros ciclistas, furando sinal, andando na contra mão, andando na contra mão na ciclovia e por ai vai todo tipo de merda, incluindo bike sem freio...

Eu já perdi a paciência João, eu grito mesmo " olha a contra mão p...
Sempre dou um leve "esporro" nos ciclistas daqui.
E quando estou andando pra casa (é tão perto que nem tem graça ir de bike) falo em voz alta, desde ciclista na calçada a biker sem iluminação

eu ainda sou educado, carro parado na ciclovia com motorista, para dou bom dia e aviso q é uma infração com risco de multa e perda de pontos, todos ficam constrangidos e tiram o carro.

Papillon wrote: ...
Vamos para ex. prático, vou pegar uma cobaia, um indivíduo que more a 4km de um terminal de ônibus, ele pode pegar a bike deixar no terminal e ir de ônibus que vai pelo corredor por 18km até 4km de seu escritório e ai pegar outra bicicleta (desses esquemas do Itaú por exemplo) e chegar ao escritório. Fez um exercício e chegou legal no trampo.
...

Em Liverpool, por exemplo, os ônibus tem rack na frente e atrás para você colocar sua bicicleta, como o João falou. Então fica fácil para se locomover lá, pois você consegue mesclar os transportes de modo simples e rápido.

marcoaleite wrote:

Papillon wrote: ...
Vamos para ex. prático, vou pegar uma cobaia, um indivíduo que more a 4km de um terminal de ônibus, ele pode pegar a bike deixar no terminal e ir de ônibus que vai pelo corredor por 18km até 4km de seu escritório e ai pegar outra bicicleta (desses esquemas do Itaú por exemplo) e chegar ao escritório. Fez um exercício e chegou legal no trampo.
...

Em Liverpool, por exemplo, os ônibus tem rack na frente e atrás para você colocar sua bicicleta, como o João falou. Então fica fácil para se locomover lá, pois você consegue mesclar os transportes de modo simples e rápido.

Qualquer cidade mais fulera dos Estados Unidos tem também..

no brasil nao tem rack do lado de fora dos onibus pq na primeira parada, alguem da rua roubaria as bikes.
tem coisa q funciona aki, tem coisa q nao funciona aki.
no Brasil, por enquanto, o q se deveria incentivar é a possibilidade da pessoa ENTRAR com a sua bike (empurrando, obviamente) em QUALQUER lugar (supermercado, banco, reparticao publica, shopping center) - SEM TER Q DEIXAR A MESMA EM BICICLETARIOS SEM NENHUMA SEGURANCA.

o q mais me irrita qdo vou pedalando a algum lugar desses é qdo um boçal qualquer solta o "amigo, aqui nao pode entrar com bike nao, tem q deixar aí fora". Teu cú...
outro dia desses eu tinha acabado o treino e ia comprar um iphone na loja da Oi - ou seja, a loja ia lucrar comigo - lucro alto.
loja ampla, VAZIA, 3 vendedores e um gerente dentro, eu todo equipado, capacete, oculos e cartao de credito no bolso.
da porta eu perguntei se tinha o modelo de iphone q eu queria, a menina falou q tinha - comecei a entrar na loja empurrando a bike e ela falou "mas vc tem q deixar a bike la fora".
eu falei: minha bike entra comigo onde eu for.
se fosse uma cadeira de rodas, voce teria dito isso???
perdeu sua comissao sobre uma venda de 2500 reais... ouviu, sr. gerente?
o cara levantou a cabeça espantado, ela ficou sem resposta, virei as costas e fui embora.

Isso é o fim mesmo. No ultimo emprego eu não podia entrar de bike no perímetro da empresa, tinha que deixar na portaria (sem segurança) e anda uns 300m até o prédio.
No atual não existe estacionamento para bikes, até posso trazer para dentro do escritório mas isso acaba sendo desconfortável.
Nem vou comentar sobre supermercados, lojas etc. Sempre que eu penso que "poderia ir de bike" a ideia morre na hora de saber onde iria guardar a mesma.

Comigo já aconteceu o mesmo que com o Carvalho, a vendedora ou lojista reclamou da bike..eu virei as costas e fui embora e nunca mais voltei..nem a pé... por isso sempre dou preferencia a lojas terreas (nunca em predios).. qdo questionam se vou entrar com a bike.. eu apenas digo mais ou menos o valor da bike, e que não dá pra deixar na rua(nem com cadeado) dai deixam entrar
Cogitaram esses racks em onibus..até colocaram pra testar em Sp.. mas o problema era a possibildade de roubo da bike e ninguem queria se responsabilizar ,dai a idéia morreu.

Não é só no coletivo Carvalho, em finais de semana quando tem trânsito na descida do litoral os ladrões roubam bikes presas em "transbike" no porta malas, eles vem com canivete e cortam as tiras e saem pedalando na contra mão tranquilamente.

Masuk wrote: Cogitaram esses racks em onibus..até colocaram pra testar em Sp.. mas o problema era a possibildade de roubo da bike e ninguem queria se responsabilizar ,dai a idéia morreu.

um minimo de criatividade resolveria o problema.
bastava deixar a pessoa entrar com a bike, assim como deixam entrar cadeiras de rodas.
3 ganchos numa viga lateral interna (entre janelas, por exemplo), na parte traseira, ja deixaria 3 ciclistas viajarem com suas bikes penduradas na vertical, sem atrapalhar muito.

Foto do teste...foi em 2012...
http://www.contagiros.com.br/onibus-da- ... -bike-bus/" target="_blank

A ideia da comutabilidade ainda é um sonho na mente dos planejadores urbanos, imbecilizados que estão por seus carrões. Mas em vários terminais de ônibus de Curitiba e região os trabalhadores deixam as bikes amarradas nas grades e utilizam os ônibus.

Somente estes planejadores é que não enxergam o óbvio.

Sem dúvidas Pedaleiro, mas ocorre que projetando oficialmente as normas impedem o urbanista de prever apenas um lugar pra amarrar bikes, tem de ter "padrão" aí aparece algum burocrata e fala: tira essa porra dai, não vai ter espaço.

Atualmente em projetos ao menos particulares, só entra bicicleta em pontos fora da curva, são exceções. Ao menos nas 200-300 unidades que projeto/ano.

No Shopping Metrópole eu tive que passar empurrando a bike por dentro e fui tratado igual um bandido que tivesse furtado algo! Vários seguranças me escoltando de longe, fui interrogado por dois, um dentro do shopping e um na saída, simplesmente porque cortei caminho ao não saber andar muito bem lá. Mas também paguei de cara de pau e nem liguei para eles, iam fazer o que, me bater, chamar a polícia? Até com a nota fiscal da bike em mãos eu estava.

Se tivessem bicicletário ou algo mais orientador não precisavam dar aquele vexame todo.

Uso a via calma todos os dias, umas três quadras, para ir e voltar do trabalho. É uma bela porcaria, mas entre ela e nada, vamos com ela. É, de fato, mais segura do que pedalar na canaleta do biarticulado (a via exclusiva para essas aberrações assassinas sobre rodas). O problema é o estelionato eleitoral: o prefeito Fruet (aquele que foi pra posse pedalando por uma quadra, ele mesmo) prometeu 300 km de ciclovias. Depois de quase dois anos, entregou 4,5 km dessa "via calma" e disse que não seriam 300 km de ciclovias, mas sim de "vias cicláveis", como a tal "via calma".

O problema por aqui é o lobby das empresas de ônibus, que tem em toda cidade, claro. Mas, se aqui os caras conseguem barrar o metrô há décadas, barrar projeto de ciclofaixa é "troco de pinga".

aqui em niteroi, mal ou bem tem progredido... mesmo com lobby contrario

Verdade né... Uma cidade "moderna" como Curitiba não tem metrô, bem lembrado jwalker.

Já tem edital pro metrô de Curitiba, agora não tem mais volta.

Claro que não tem mais volta. Tanto que o Papai Noel, Mula sem Cabeça, Caipora e Boitatá já confirmaram presença na inauguração.

jwalker wrote:Claro que não tem mais volta. Tanto que o Papai Noel, Mula sem Cabeça, Caipora e Boitatá já confirmaram presença na inauguração.

Alguma empresa vai ganhar. Se vão entregar eu não sei, mas a tendência é que entreguem afinal o que está em jogo é um contrato para exploração do metrô válido por 30 anos... até eu gostaria de ganhar esse edital.