Doeeeeeeeeeu......
Doeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeu...........
Caí já tem uns dias, quem me acompanha no facebook já deve ter ficado sabendo, mas não quis fazer o relato por lá para evitar polêmica...
Foi um tombo por falta de concentração. Eu estava há 3 semanas sem pedalar direito e pintou uma oportunidade quinta a noite. Cheguei no ponto de encontro e partimos, 6 ao todo. Nesse grupo tem um camarada que pedala como se fosse morrer amanhã, o cara fica dando guinada para os lados, anda em fila dupla em estrada apertada, freia e acelera o tempo todo... a personalização do caça-foice! Já conhecendo ele, mantive uma certa distância, mas vez ou outra acabava com ele por perto e o meu estresse estava lá no alto, não estava conseguindo relaxar e curtir o pedal. Mantive uma velocidade um pouco mais baixa, pra ficar a uns 100 metros de distância, e tentei relaxar.
Faltando uns 2 ou 3 quilômetros para chegarmos no ponto onde faríamos o retorno, eu resolvi apertar um pouco, mas não "ataquei", só mantive uma tocada mais forte e constante, mas na boa. Acabei ultrapassando ele faltando uns 500m para fazer a volta. Ele colou na minha roda e ficou naquela tensão, querendo aproveitar o vácuo e cortar para chegar antes. Como conheço o figura, fiquei preocupado e acabei prestando mais atenção nele que na pista. Veio a curva e por falta de concentração, misturado com a baixa iluminação da estrada, peguei um belo buraco.
Estava a 35 km/h, minha mão escorregou e a frente balançou feio; não sei se eu já estava caindo, e nunca vou saber, mas senti como se tivesse sido atropelado e acabei servindo de de colchão para o "colega". A bicicleta dele acertou a minha em cheio e deixou a coitada no estado daquela foto. Minha perna ficou embaixo da gente e ralou bem...
Quando levantei, nem liguei para o estado da bicicleta; na hora do tombo eu senti a minha cabeça bater muito forte no chão e o único pensamento que conseguia ter era "tomara que o capacete tenha segurado a onda". Levantei com muito medo de estar com a cabeça rachada e ainda meio zonzo, tirei o capacete e vi que estava tudo bem. O alívio foi tão grande que coloquei a bicicleta de lado, soltei um foda-se e liguei para o "resgate".
Em mim, o estrago foi um mega ralado, daqueles que deixam a carne branca exposta, na lateral da batata da perna; um muito profundo, mas com área beeeem menor no joelho; bunda ralada, mas até que tranquila, o bretele protegeu bem; braço e ombro ralados também, mas tranquilo, superficiais.
A bicicleta, no dia seguinte, descobri que foi praticamente cosmética. Ela está toda desmontada na oficina e ainda não analisei minunciosamente, mas me parece que o quadro sofreu dois tecos que não comprometem a estrutura, os dois STI's ralaram bem, fita de guidão rasgou e as rodas de carbono deram duas raladas boas também. A única peça que estragou mesmo, foi o eixo do freio dianteiro, que torceu porque foi exatamente ali que a outra bicicleta bateu.
Tenho tratado as feridas lavando com sabonete antiséptico, merthiolate e depois aplicando nebacetim; 3 sessões de tortura por dia. Já tem quatro dias e os machucados estão bem secos, nem sinal de inflamação, cicatrização show de bola. Para aguentar a dor nos dois primeiros dias, tentei o dorflex, mas precisei apelar para o Maxsulide, dica do Vlad.
Dessa vez aprendi a lição, se alguma coisa estiver me incomodando e impedindo que eu me concentre no pedal, paro e volto pra casa, nunca mais dou um vacilo desses... A falta de concentração faz a gente cometer erros que podem tirar a nossa vida, não é brincadeira!
"Tudo deve ser feito da forma mais simples possível, mas não mais simples que isso!"