Pelote

Neste sábado Molly Shaffer Van Houweling (EUA) aumentou o recorde feminino para 46 274 m em tentativa realizada no México.

O recorde anterior era de 2003, 46 065 por uma holandesa com uma bicicleta no padrão Merckx-72.

A Molly andou com uma Cervélo T4 + clipe de TT + duas rodas fechadas. Ganho medíocre no recorde, considerando a diferença de equipamento.

http://velonews.competitor.com/2015/09/ ... ord_384707

vídeo completo: https://www.youtube.com/watch?t=5&v=Emp8hS6MC0U

Sem contar que o velódromo de Aguascalientes é ridiculamente rápido! E que a hora da tentativa não foi pré-determinada, ou seja, esperaram até encontrar durante o dia a melhor condição de temperatura/pressão pra começar.

Tony Martin will attempt the hour record, but probably not in 2016
http://velonews.competitor.com/2015/09/ ... ord_385404" target="_blank

Esperando 2017 logo então ^^

Vale a leitura!

A Case for Suffering: Amateur hour
http://velonews.competitor.com/a-case-f ... ateur-hour" target="_blank

Kct, Wiggo... se fizer isso vai ter meu respeito eterno!

Wiggins hints at taking on ‘Merckx Hour’
http://velonews.competitor.com/2015/11/ ... our_389714" target="_blank



"When contacted by Sportwereld.be, Merckx said, “He can do it. And if he does, I will congratulate him.”

tbortolotto wrote:Kct, Wiggo... se fizer isso vai ter meu respeito eterno!

Wiggins hints at taking on ‘Merckx Hour’
http://velonews.competitor.com/2015/11/ ... our_389714" target="_blank



"When contacted by Sportwereld.be, Merckx said, “He can do it. And if he does, I will congratulate him.”

Isso vai ser animal de assistir!

E a humildade do Merckx, "se ele fizer e conseguir, eu irei parabenizar ele."

É disso que eu estava falando ... ehheheh

romanetto wrote:

tbortolotto wrote:

MHF wrote:O que eu acho Roma é que se ele está com tanta sobra assim, poderia ir com a bike de road, nos moldes e regras anteriores e bater esse recorde primeiro, que ainda persiste...

Nope! Esse recorde já foi batido.
"Moralmente" o recorde seria do Sosenka, mas "legalmente" o recorde já foi batido pelo Jens. Vamos andar pra frente?

Guardada as devidas proporções, é isso mesmo. Mas seria o mesmo que pedir ao Messi realizar os grandes feitos que faz com a bola usando uma bola da época do Pelé, pra compararmos com um "esporte de verdade". A coisa evolui, e esta evolução é muito boa. Vamos falar para os caras dos 100m livres do atletismo para eles não usarem tênis super tecnológicos ou suplemento alimentar apenas de ovo? Não. A coisa evolui e para este novo tempo, imagino que Wiggins é o melhor para tal feito.

http://www.cyclingweekly.co.uk/news/lat ... 4km-169811" target="_blank

video interesante: http://corredoresanonimos.pt/actualidad ... mais-forte

aos 5 min ele fala sobre o recorde da hora

A australiana Bridie O'Donnell quebrou o recorde da hora feminino agora pouco: 46.882 km

Eu assisti os últimos 20 min ao vivo e deu de ver claramente que não sei se por cansaço ou falta experiência, ela fez mais que os 46.882 km. Isso pq cada curva era feita por fora da linha vermelha, aumentando o traçado se esse fosse em linha reta. Me lembrou o excelente post do Alex Simmons que tem um título bem peculiar: Some kilometres are longer than others

http://alex-cycle.blogspot.com.br/2015/ ... thers.html" target="_blank

mesmo assim ela batem em 600 m o anterior correto?

Sim, claro. Mas se a contagem da distância não fosse pelo número de voltas no velódromo e sim pela distância propriamente dita (aferida por um odômetro, por exemplo) esse número seria um pouquinho maior.

seria mais justo com a tecnologia atual.

Eu assisti também e ficava o tempo todo coçando a cabeça, pq diabos ela tava rodando na linha vermelha e nao na linha preta. Pode ter a ver com a força que vc precisa fazer para manter a bike baixa nas curvas, mas ainda assim....

Não seria mais justo, não. Imperícia da mina em não executar as curvas no melhor e menor ponto possível.

O que acontece se ela ultrapassa pra dentro?

rodrigomarin wrote:O que acontece se ela ultrapassa pra dentro?

Tecnicamente não é ilegal cruzar por dentro (a não ser que se esse corte resulte na ultrapassagem de outro atleta numa prova de sprint, por exemplo), mas em provas tipo perseguição ou no próprio recorde da hora existem umas "esponjas azuis" que indicam que não é "adequado" andar por ali. O risco que vc tem de acertar uma dessas esponjas ou o chão e cair é grande. Além disso, tangenciar uma curva pra ficar por dentro da linha é contraproducente se pensarmos no efeito geral. Deve-se perder bastante momentum.

joaojuliomello wrote:video interesante: http://corredoresanonimos.pt/actualidad ... mais-forte

aos 5 min ele fala sobre o recorde da hora

Esse vídeo ficou na minha cabeça por um tempo e me levou a pensar se realmente estamos evoluindo ou se é a tecnologia que está. Não estou me referindo à tecnologia de treinamento e sim só da bike mesmo.

Aí andei pensando nisso... Embora o recorde da hora tenha sido derrubado "ano após ano" qdo a UCI afrouxou as regras na década de 90, vemos hoje que alguns recordes foram quebrados nos dias atuais com a volta das regras mais rígidas. Em 1996, na perseguição por equipes, o time italiano usando a icônica Pinarello Parigina e a então permitida Superman-position, estabeleceu o recorde de 4'00"958. Em 2012, nos jogos olímpicos de Londres, a equipe britânica meteu 3'51"659!! Quase 9 segundos a menos em menos de duas décadas. Pra quem conhece as provas de perseguição, 9 segundos é tempo suficiente pra quase tomar um expresso na beira da pista!!



Na perseguição individual o recorde do Boardman a bordo da mais icônica ainda Lotus Sport 110 e tbm usando a Superman-position, estabeleceu o recorde mundial de 4'11"114 que foi quebrado pelo Jack Bobridge em 2011 com o inacreditável tempo de 4'10"534. Portanto, eu acho que mesmo com os equipamentos não tão aero como antigamente de alguma forma estamos evoluindo. Se isso é motivado pela tecnologia de treinamento ou se os equipamentos de hoje são tão aero como os da década de 90, mas em outros aspectos, isso eu não posso garantir.

Vale observar que na década de 90, por exemplo, não se usava mtas vezes a roda dianteira fechada. Muitas vezes eram trispoke, 5-spoke ou até uma roda de perfil baixo com 12 raios. Os capacetes tbm eram bem menos aerodinâmicos que os atuais (julgando pela aparência e outros aspectos menos técnicos como a falta de cobertura das orelhas). O airflow nos skinsuits da época tbm deveria ser mto diferente do vestuário de hoje.... Enfim... dá pra debater mto sobre isso.

Ócio é foda! Vem cada coisa na cabeça da gente... haha

tbortolotto wrote:

joaojuliomello wrote:video interesante: http://corredoresanonimos.pt/actualidad ... mais-forte

aos 5 min ele fala sobre o recorde da hora

Esse vídeo ficou na minha cabeça por um tempo e me levou a pensar se realmente estamos evoluindo ou se é a tecnologia que está. Não estou me referindo à tecnologia de treinamento e sim só da bike mesmo.

Aí andei pensando nisso... Embora o recorde da hora tenha sido derrubado "ano após ano" qdo a UCI afrouxou as regras na década de 90, vemos hoje que alguns recordes foram quebrados nos dias atuais com a volta das regras mais rígidas. Em 1996, na perseguição por equipes, o time italiano usando a icônica Pinarello Parigina e a então permitida Superman-position, estabeleceu o recorde de 4'00"958. Em 2012, nos jogos olímpicos de Londres, a equipe britânica meteu 3'51"659!! Quase 9 segundos a menos em menos de duas décadas. Pra quem conhece as provas de perseguição, 9 segundos é tempo suficiente pra quase tomar um expresso na beira da pista!!

Na perseguição individual o recorde do Boardman a bordo da mais icônica ainda Lotus Sport 110 e tbm usando a Superman-position, estabeleceu o recorde mundial de 4'11"114 que foi quebrado pelo Jack Bobridge em 2011 com o inacreditável tempo de 4'10"534. Portanto, eu acho que mesmo com os equipamentos não tão aero como antigamente de alguma forma estamos evoluindo. Se isso é motivado pela tecnologia de treinamento ou se os equipamentos de hoje são tão aero como os da década de 90, mas em outros aspectos, isso eu não posso garantir.

Vale observar que na década de 90, por exemplo, não se usava mtas vezes a roda dianteira fechada. Muitas vezes eram trispoke, 5-spoke ou até uma roda de perfil baixo com 12 raios. Os capacetes tbm eram bem menos aerodinâmicos que os atuais (julgando pela aparência e outros aspectos menos técnicos como a falta de cobertura das orelhas). O airflow nos skinsuits da época tbm deveria ser mto diferente do vestuário de hoje.... Enfim... dá pra debater mto sobre isso.

Ócio é foda! Vem cada coisa na cabeça da gente... haha

Confrontar estas hipóteses descartando uma terceira e fundamental que é o doping, levará à análises e conclusões incompletas.

Doping se enquadra na "tecnologia de treinamento"

Só trouxe à tona a discussão pq existe uma grande choradeira sobre a época que a UCI deixava as bikes serem "rápidas de verdade".

http://www.uci.ch/track/news/article/uc ... n-stevens/
http://www.cyclingnews.com/races/evelyn ... 6/results/

Não consegui ver e demorei pra postar.

Falando da parte de engenharia, hoje existe muito mais recursos na desenvolvimento dos equipamentos do que na década de 90. Softwares CAE hoje em dia tem muitos recursos e modelos de simulação e os CAMs também muito recursos para se construir qualquer molde com precisão milimesimal e garantia de resultado muito fechado com o teórico.

marcoaleite wrote:Falando da parte de engenharia, hoje existe muito mais recursos na desenvolvimento dos equipamentos do que na década de 90. Softwares CAE hoje em dia tem muitos recursos e modelos de simulação e os CAMs também muito recursos para se construir qualquer molde com precisão milimesimal e garantia de resultado muito fechado com o teórico.

Pergunta: na tua opinião, com a tecnologia de hoje, mas com as regras "frouxas" da década de 90, será que teríamos equipamentos com desempenho "fora da realidade"? No sentido de que aquele que tivesse tal equipamento teria uma vantagem realmente significativa sobre aquele que não tem?

Estamos acostumados a acreditar que todos os equipamentos de ponta tem mais ou menos a mesma performance e que as regras da UCI servem tbm para restringir que uma marca crie um produto com desempenho mto superior aos concorrentes, dando ao usuário vantagem sobre um adversário. Será que está na hora de rever algumas regras da UCI? Será q é melhor que elas continuem?

'ceis' assistiram 'the flying scotsman'?
http://www.imdb.com/title/tt0472268/" target="_blank
Retrata essa época aí, com Obree Vs Boardman e a UCI impondo as regras da época.
Me parece pelo filme que a UCI não gostava das invenções do Obree, que eram feitas por ele mesmo. Foi daí que veio a regra (tem de ter disponível no mercado a peça, por exemplo).

de acordo com o filme, a posição do 'superman' era dele


a primeira bike a sofrer restrições com a regra, era essa


btw, tem o filme no Netflix.

- edit -
esse video do mundial de 1993 é bem legal. tem a semifinal contra o Boardman, e a final contra um francês, que ele colocou no bolso.
https://www.youtube.com/watch?v=L7GTNdo2BjQ" target="_blank

Onde eu compro o guidão do Wiggo ou do Chris Hoy?


Falando da parte de engenharia, hoje existe muito mais recursos na desenvolvimento dos equipamentos do que na década de 90. Softwares CAE hoje em dia tem muitos recursos e modelos de simulação e os CAMs também muito recursos para se construir qualquer molde com precisão milimesimal

Até aqui eu concordo.

e garantia de resultado muito fechado com o teórico.
Já aqui eu não tenho tanta certeza, principalmente para materiais compósitos (carbono).



***Posição superman para mim sempre foi apoiar a barriga no selim e esticar as pernas para trás, mas tenho visto ultimamente todo mundo falar que é essa aí do Obree, com braços esticados para frente. Vale para as duas?

Marcelo Marino wrote:***Posição superman para mim sempre foi apoiar a barriga no selim e esticar as pernas para trás, mas tenho visto ultimamente todo mundo falar que é essa aí do Obree, com braços esticados para frente. Vale para as duas?

Eu sempre ouvi Superman como a forma "informal" que a UCI batizou a posição do Obree. Essa de "pranchar" na bike é zueiragem mesmo

Sobre o recorde da Evelyn Stevens:
"The precise power figure she’ll be shooting for is still a secret. But watching her power figures bounce up and down on Henderson’s laptop during her 48km effort — her race-day target — suggests something in the neighborhood of 270-290 watts. That would be enough for her slight, 120-pound frame to hit the mark."

Pra 48 kmh?? Aí o Wiggo mira nos 450 W pra 54 kmh?

Que interessante: recorde batido em velódromo de concreto! ^^

tbortolotto wrote: Pergunta: na tua opinião, com a tecnologia de hoje, mas com as regras "frouxas" da década de 90, será que teríamos equipamentos com desempenho "fora da realidade"? No sentido de que aquele que tivesse tal equipamento teria uma vantagem realmente significativa sobre aquele que não tem?

Estamos acostumados a acreditar que todos os equipamentos de ponta tem mais ou menos a mesma performance e que as regras da UCI servem tbm para restringir que uma marca crie um produto com desempenho mto superior aos concorrentes, dando ao usuário vantagem sobre um adversário. Será que está na hora de rever algumas regras da UCI? Será q é melhor que elas continuem?

Então, uma referência de ganho aerodinâmico nós temos na Formula 1. Pode notar pelos tempos dos caras nas voltas de classificação, reduziram a potência dos motores e mudaram algumas regras para segurança e os carros continuam a virar volta e volta mais rápida que nos anos anteriores. Eu não sei no ciclismo como que ficaria, pois tem a limitação do ciclista que vai sobre a bike, não sei se conseguiriam colocar ele disposto de uma força que diminuísse o arrasto e conseguisse pedalar com eficiência, mas dá para imaginar umas coisas bem bizarras! hahaha

Marino, eu já acho que com os compositos se consegue muito mais coisas que uma liga metálica, principalmente na parte de conformação. Dá para colocar muito mais formas por conseguir moldar praticamente qualquer coisa.

Fui ler de novo o que tinha escrito Marco e entendi errado.

Para moldar sim, concordo. Eu estava pensando no cálculo, tensões, deformações, aí os materiais compósitos são mais difíceis para chegar nos valores reais através de um modelo computacional.