vou dar um ctrl+c ctrl+v aqui. Se tiver erros de português, azar.
Review do Bike Fit com Igor Laguens
Tinha escrito com riqueza absoluta de detalhes, mas perdeu-se tudo. Então esta já é a versão B, talvez comprida demais...
Opinião pessoal pré fit: Eu havia roubado umas medidas da Giant (que tinha feito fit no Elpídio) pra Time, e só. Sabia que o Elpídio tinha tara por mesa comprida, e ele havia falado que a Giant era pequena pra mim (tam. 56) e me botou aquela mesa bruta, com 130mm. A Time é tam. 57 e estava com a mesa original, 110mm. Porém, eu já havia concluído por experimentação que a mesa da Giant estava muito grande pra mim. Em uma posição relaxada, eu já ficava com os braços esticados pra apoiar as mãos na curva do guidão. Pros STIs e pro drop faltava muito ainda.
Avaliação pessoal: antes de subir na bike, um questionário é feito. Quais os objetivos, metas, proposta da bike. No final, onde eu achava que estavam meus pontos fortes e onde estavam os fracos, e finalmente, se eu tinha algum problema com o fit das bikes (já tinha falado que tinha duas). Expliquei que achava a mesa comprida, e que na Giant nos pedais muito casca eu sentia dor na lombar e as vezes de leve no joelho, mas achava que era só da ogrice.
Medições: antes de ir pra bike, medidas completas. Cavalo, braço, tamanho do pé num gabarito do capeta. Bike no rolo, e bora pedalar.
O método que o Igor utiliza não é o Retul (ou alguém me falou errado ou fiquei com esse na cabeça). É o método da Serotta (
http://www.serottacyclinginstitute.com/" onclick="window.open(this.href);return false; ), com o extra da medição de potência. Coisa fina. Mas, mesmo com o computador do lado, TODAS as medidas são feitas de forma manual. No final ele confere tudo de novo com a ajuda do software, só pra ter uma segunda conferência. Mas não é nada de colocar o cara pra pedalar e copiar as medidas que a máquina vai cuspir, como o Elpídio falou pra mim.
Na minha bike mudou o posicionamento dos tacos, a altura e distância do selim, altura do guidão, posicionamento dos STIs, mesa. Basicamente tudo! Todas as mudanças ele fazia questão de explicar, portanto não tinha nada gratuito. Os tacos foram mais para o centro do pé. Estavam na ponta (esses eu que tinha montado, já que quando fiz fit no Elpídio eu usava Look ainda), e consequentemente na hora de fazer força eu mexia o calcanha quando não precisava. O selim subiu e foi mais pra frente, e esse tipo de mudança eu nem percebi nada no pedalar. São as que precisam de alguém de fora mesmo pra olhar. O guidão subiu pra eu não torcer tanto o pescoço pra cima, e a mesa encolheu pra eu não ficar esticado demais na bike. Estava colocando muita tensão nos braços, na lombar (que ficava muito tensa e tomando porrada), e no pescoço. Apesar de só achar que ficaria muito curvado na bike com mesa e quadro pequenos, deu pra ver pelas fotos que o contrário também é verdade. A minha coluna arqueva, e depois arqueava de novo no pescoço. No final ela ficou com uma curva bem mais suave, e dá pra deixar praticamente reta. Inclusive ele disse pra eu cuidar disso, que é só uma correção postural, e que o André Rocha pedalava do mesmo jeito. Deixa-se a coluna curva por besteira, e acaba prejudicando o trabalho do diafragma, sem motivo nenhum.
No que os eletrônicos ajudaram? Quando fiz o fit no Elpídio, ele me falou que eu pedalava jogando o joelho direito pra dentro na parte superior do movimento (e dava pra ver que eu fazia isso mesmo). Tentei cuidar um pouco, mas nunca esquentei muito (pra falar a verdade só lembrava disso quando doía o joelho). Hoje ele ligou dois lasers apontados para os joelhos, e comigo pedalando mostrou como a linha cruzava sempre no mesmo lugar, e que estava tudo correto com o posicionamente dos joelhos em relação aos pedais. Bacana.
E ele tem um PUTA equipamento legal, que analisa a potência da sua pedalada, e a proporção de cada perna. Então eu pedalava e no monitor aparecia o meu ponto de maior potência, e a distribuição da potência entre as duas pernas. Estava tudo bem simétrico, e onde devia estar. Pelo menos algo eu fazia direito!
Na hora de voltar pra casa, mesmo com uma puta chuva, deu pra sentir um pouco algumas das diferenças. Nas subidas em pé, me parece que realmente ficou mais fácil de pedalar, como se eu tivesse mais força. Acho que foi a posição do taco. Quanto a mudanças na mesa e guidão? Mudou MUITO, principalmente no conforto. Na hora de pedalar em pé fiquei muito mais ereto na bike, e sentado na buraqueira a bike ficou muito mais confortável. Agora segurando numa posição relaxada eu estou com a mão já nas borrachas dos STI. Coisa fina!
Concluindo: pra mim ajudou, e MUITO. No final, no computador é possível ver todas as mudanças feitas, e eu recebi no email as fotos e a planilha com as medidas, sempre com o antes e depois. Logicamente não ganho nada pra fazer isso, e tive que pagar igual todo mundo (250 mangos), mas repito, pra mim valeu a pena. Ele me mandou melhorar o alongamento e procurar um fisioterapeuta (sou meio torto pra um lado), e voltar lá em um mês, ou um mês e meio, para reavaliar. Se eu tiver melhorado o alongamento ruim, vai mudar um pouco o fit.
É indispensável? Não é! Eu achava que podia melhorar, mas sabadão subi o Jaraguá e cheguei no fim do pedal sem nenhuma dor. Mesmo assim, no pouco que pedalaei deu pra ver uma melhora, e certas coisas (como a altura do selim), eu achava que não tinha onde melhorar, mas mesmo assim mudaram. Eu já tinha acostumado com uma posição que não me causava dor, mas não era a mais eficiente. E isso, é bom ter a ajuda de alguém de fora pra olhar.