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Re: Doping

Posted: Mon 12 Aug 2019 19:00
by Iberê
Não acredito em super-homens. A nossa equipe supostamente com os melhores ciclistas do país e com AE até a tampa quando vai para o exterior não arruma nada. Temos, sim, problemas com falta de incentivo ao esporte, recursos subótimos quando comparado com América do Norte e Europa, falta de uma cultura de ciclismo no BR com captação e desenvolvimento precoce de futuros talentos, calendário de corridas ruim. Mas não consigo acreditar que toda essa diferença entre as melhores equipes brasileiras e as equipes de segunda e terceira linha estrangeiras seja só por isso. O pelotão continua não estando limpo.

Re: Doping

Posted: Tue 13 Aug 2019 20:57
by Papillon
pois é,

Começa pela cultura da bicicleta brinquedo, bicicleta lazer. A bicicleta transporte, bicicleta competição é ignorada no .br.
A questão do incentivo vai mais afundo, pois é ai que mora o perigo. O que temos na prática é o "desincentivo", com taxas altíssimas para fechamento de vias o ciclismo foi relegado a provas de circuito, e não são circuitos de 10, 15km e sim provas de duas curvas com menos de 2km de circuito... E nem sprinter conseguimos formar pois a maioria vem do velódromo.

Então nosso problema passa pela seleção, um Vitor Zucco só brota correndo longe daqui, aqui ele não teria destaque no pelote.

Re: Doping

Posted: Sat 07 Sep 2019 01:32
by Papillon

Re: Doping

Posted: Mon 16 Sep 2019 06:04
by TheBlackPath
Papillon wrote:pois é,

Começa pela cultura da bicicleta brinquedo, bicicleta lazer. A bicicleta transporte, bicicleta competição é ignorada no .br.
A questão do incentivo vai mais afundo, pois é ai que mora o perigo. O que temos na prática é o "desincentivo", com taxas altíssimas para fechamento de vias o ciclismo foi relegado a provas de circuito, e não são circuitos de 10, 15km e sim provas de duas curvas com menos de 2km de circuito... E nem sprinter conseguimos formar pois a maioria vem do velódromo.

Então nosso problema passa pela seleção, um Vitor Zucco só brota correndo longe daqui, aqui ele não teria destaque no pelote.
e junto a isso... a "gourmetizaçao" do ciclismo... que vai encarecendo cada vez mais o acesso ao esporte.

Re: Doping

Posted: Mon 16 Sep 2019 06:13
by TheBlackPath
Iberê wrote:Não acredito em super-homens. A nossa equipe supostamente com os melhores ciclistas do país e com AE até a tampa quando vai para o exterior não arruma nada. Temos, sim, problemas com falta de incentivo ao esporte, recursos subótimos quando comparado com América do Norte e Europa, falta de uma cultura de ciclismo no BR com captação e desenvolvimento precoce de futuros talentos, calendário de corridas ruim. Mas não consigo acreditar que toda essa diferença entre as melhores equipes brasileiras e as equipes de segunda e terceira linha estrangeiras seja só por isso. O pelotão continua não estando limpo.
há muito mais praticantes de ciclismo na Europa. Entao fica mais facil "filtrar" os talentos. No Brasil as difuculdades sao imensas: falta de locais ideais para treinar, especialmente perto das grandes cidades; custo absurdo até de um simples pneu; falta de competiçoes em boa parte do país; inexistente cobertura midiática; foco extremo no futebol e até o risco de assaltos... etc....

Enfim.. acho mais natural o atual estado das coisas que o contrario.

Re: Doping

Posted: Fri 13 Dec 2019 14:01
by Papillon
http://forum.cicloweb.it/viewtopic.php?p=635434#p635434

vou colocar a tradução do google meio arrumada por mim aqui, postada pelo próprio Dario Frigo:

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Olá,
Hoje entraremos um pouco mais detalhadamente.
Vamos falar sobre o Paris-Nice '03.
Há algumas coisas a serem esclarecidas antes de iniciar.
Nem todos os médicos têm o mesmo peso dentro de uma equipe.
O médico social em 2003 era o Dr. Roberto Corsetti, ele tinha a tarefa de manter os registros médicos dos corredores, de relatar qualquer anomalia. Seja devido a uma patologia ou ao uso de material antidoping. Em sinergia com o gerente, ele pode decidir tomar medidas contra aqueles que não cumprem os regulamentos internos de saúde. Até a demissão.
Paolo Fassa se gabou nas entrevistas que os médicos haviam feito para verificar o que os corredores fizeram.

MEU CARALHO ...!

No Paris-Nice de 03, ganhei o contra-relógio em Vergèze e vesti a camisa do líder. Na manhã seguinte, chegaram as verificações da UCI, tudo estava em ordem. Antes de tomar o café, o Dr. Emilio Magni me injetou uma preparação disponibilizada por Maynar. Chegamos a Mont Faron naquele dia. Tinha que ser um teste em vista do Giro. Era uma hemoglobina sintética, já testada por outros corredores.
Nós tivemos que ver como meu corpo reagiu.

Depois do café da manhã, comecei a me sentir mal, posso garantir que vir aqui hoje para dizer que não é um prazer.
A dor aumentou, eu disse que não podia sair e pedi para ele me levar para o hospital. Eles eram reticentes. Eles temiam que se chamasse a guarda civil.

Eles hesitaram. Eu estava ficando cada vez pior.

Comigo permaneceu o Dr. Emilio Magni e Volpi, diretor esportivo, esperaram que todos fossem embora e finalmente chamaram a ambulância. Chegando ao hospital em Nimes, eles fizeram o possível para distribuir tampas e garrafas de água aos funcionários do hospital para tentar manter uma certa reserva. De fato, nada vazou. Passei a noite no hospital.

No dia seguinte, voltei para casa.
A equipe se encarregou da estadia.

Esperei alguns dias e liguei para Ferretti. Com dificuldade, ele me perguntou como eu estava, disse que queria retomar as competições o mais rápido possível. Ele me disse: "talvez tenhamos cometido um erro ao voltar, converse com seu agente sobre o que você pode fazer".
A ligação terminou.

Minha única culpa nesse caso foi que eu não conseguia lidar com esse tipo de medicamento. Essa foi a única razão pela qual tive que ser removido.
EU ESTAVA UM SACO DE CARNE.

Nos dias seguintes também o Maynar foi convocado por Ferretti. Eles se encontraram em Bolonha para esclarecer o incidente. Maynar justificou isso como uma reação alérgica rara. Dados os esclarecimentos necessários, todos tomaram seu lugar.

A MAYNAR CONTINUA O TRABALHO "PRECIOSO" ATÉ O FINAL DO EVENTO, apesar de não ter sido contratado e pago com um caso "preto". O MESMO PROTOCOLO.
O Dr. Roberto Corsetti manteve sua cadeira firme e o próprio Dr. Emilio Magni.

O ÚNICO QUE TINHA QUE SER REMOVIDO ERO EU.

Para mim foi um golpe, eu poderia deixar a pele para trás. Não acredito que tenha ocorrido uma recuperação completa, desde então não testei substâncias estranhas, mas usei apenas aquelas que conhecia e não me deram problemas.

Ouça o que o dr. Roberto Corsetti disse em uma entrevista à Tuttobiciweb.it em 2/2/11:

«Costumo ler os primeiros regulamentos de saúde da Fassa Bortolo de 2000 ... eu mesmo escrevi ... todos os atletas que o assinaram para aprovação ... Esse regulamento, como a primeira forma de aterro constitucional e regulatório dentro da disseminação do fenômeno do doping, foi decisivo. Até um time de futebol da Série A nos pediu para ter uma cópia »« Ciclistas, diretores, médicos e patrocinadores começaram a levantar a guarda e as defesas para combater a disseminação do doping ... pedindo ajuda regulatória às instituições de referência ».

Paro, vou ler o artigo inteiro, me dá nojo. A única coisa que posso dizer é que o Dr. Roberto Corsetti, o regulamento de saúde, deve ter lido e relido tantas vezes que, no final, o cu foi limpo. Se as instituições de referência realmente intervieram nessa época, o querido Dr. Roberto Corsetti, Dott, Emilio Magni e Ferretti estavam todos fora do ciclismo.

Lembro que o Dr. Roberto Corsetti foi Presidente da Associação Italiana de Médicos de Ciclismo (AIMe.C.) de 2008 a 2016.
Continuarei repetindo em todos os meus discursos, NÃO QUERO SER REABILITADO, mas certos fatos que estou lhe dizendo hoje devem fazê-lo pensa.
Eles decidiram que eu tinha que ser o cordeiro sacrificial do ciclismo e isso não é bom para mim.
Até a próxima.
saudações

Dario Frigo


Há uma verdadeira história nesse tópico. Vou adaptar para o pelote.