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Primavera no ciclismo: Pogacar e Mathieu van der Poel

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A temporada de clássicas de primavera chegou ao fim com a vitória esmagadora de Tadej Pogacar na Liège Bastogne Liège, ao final dos quatro monumentos disputados, duas vitórias para Mathieu van der Poel, duas vitórias para Tadej Pogacar. A temporada de primavera foi muito mais com a UAE esmagando a concorrência, Astana lutando contra o rebaixamento e a Visma discreta mas eficiente.

Abril vai chegando ao fim e com ele as últimas provas da primavera e o horizonte do ciclismo profissional se abre para as grandes voltas. Entramos nesse rescaldo buscando as lições da primavera que foi dominada por Mathieu van der Poel e Tadej Pogacar. Agora ambos seguem destinos muito diferentes na temporada.

Mathieu van der Poel com olhos em 2026

Mathieu venceu a Le Samyn no começo da temporada, passeou na Tirreno Adriático e emendou vitória na monumental Milano Sanremo e na E3 Saxo Classic, ficou em terceiro na Ronde (Tour de Flandres) e fechou sua temporada na Paris-Roubaix. Mathieu está pré escalado para o Tour de France, mas é bem provável que o vejamos nas pistas de MTB disputando ao menos duas etapas da Copa do Mundo de MTB para poder disputar o mundial da modalidade, um desejo pessoal de Van der Poel que já detém os mundiais de Cyclo-cross (7x), Estrada e Gravel. O final de temporada de Van der Poel deve incluir algumas clássicas belgas e francesas, mas o objetivo maior deverá ser o descanso para a temporada de cyclo-cross onde é favorito para tornar-se o recordista absoluto em títulos mundiais, hoje empatado com Eric De Vlaeminck com sete.

Tadej Pogacar e o tetra do Tour de France

Quando a fase está boa, você precisa ganhar tudo de todos, assim o esloveno Tadej Pogacar vem escrevendo seu nome nos livros de ciclismo com vitórias esmagadoras. Com três títulos do Tour de France, um do Giro d’Italia, um campeonato mundial e nove monumentos, Pogacar está no olimpo do ciclismo, próximo a Eddy Merckx, Fausto Coppi e Bernard Hinault. Mas Pogacar tem uma pedra no sapato, após seus dois títulos no Tour em 2020 e 2021, Pogacar foi batido por Jonas Vingegaard em 2022 e 2023. Em 2024, Pogacar venceu sim, mas Vingegaard vinha de um acidente terrível que quase lhe tirou a vida, chegar em segundo no Tour já foi para o dinamarquês um feito épico. Agora ambos podem chegar no Tour de France em condições de igualdade. Fora o Tour, Pogacar tem como previsão a participação no Criterium du Dauphiné em preparação e na Il Lombardia, última monumento da temporada. Uma participação no mundial não está descartada, mas ainda pendente especialmente de condições de realização, e caso o tetra do Tour aconteça, não será surpresa se a UAE Team Emirates optar por levar Pogacar para a La Vuelta.

Remco e Wout abaixo, Thibau Nys e Mads Pedersen em alta

Dois dos principais ciclistas belgas para as clássicas vinham de recuperação física, Remco Evenepoel de um acidente estúpido causado por um entregador descuidado e Wout van Aert ainda buscando a melhor forma após o acidente que o tirou da Vuelta em 2024. Remco brilhou na De Brabantse Pikl e foi podio na Amstel Gold Race após perseguir Pogacar a ponto de esgotar o esloveno, sai da temporada de clássicas sem uma vitória maiúscula, mas com muito crédito. Já Wout van Aert não performou nem perto do que fez dois ou três anos atrás, sempre com um ar de cansaço, passou em branco (sem vitórias) a temporada de clássicas.

No outro lado da balança, Thibau Nys mais um ciclista que chega no profissional vindo do cyclo-cross, apesar de apenas uma vitória no GP Miguel Indurain, se mostrou sempre muito ativo nas provas e passa a ser um favorito para provas clássicas. Já Mads Pedersen, encerra a temporada com a vitória na Gent Wevelgem e pódio na Ronde e em Roubaix, além de uma camisa verde na Paris Nice conquistada de forma épica.

Além das clássicas: UAE faz a limpa

Com 35 vitórias na temporada 2025, a UAE Team Emirates arrasou seja no nível WorldTour, na ProSeries ou mesmo no nível Europeu (provas 2.1 e 1.1). Juan Ayuso (5), João Almeida (4), Jonathan Narvaez (3) e mesmo gregários como Pavel Sivakov e Jan Christen venceram na temporada. E somado ao desempenho de Pogacar, a UAE detém 11200 pontos UCI contra 7557 da Lidl-Trek (15 Vitórias) e  5749 da Astana (6 vitórias). A Visma apesar da queda de pontuação, obteve 12 vitórias na temporada, quatro delas com o jovem Matthew Brennan. Agora a temporada faz a guinada para as voltas de uma semana com o Tour da Romandia e na sequência o Giro d’Italia, Criterium du Duphiné e Tour de France.

Sem dúvidas os resultados da XDS Astana chamam atenção, não só pelas seis vitórias mas muito pela pontuação expressiva, o que colocou em alerta a Cofidis e a Arkéa na luta contra o rebaixamento ao final da temporada (no ciclismo, são somados os três últimos anos para determinar as duas equipes rebaixadas).

 

 

 

 

 

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Luiz Papillon

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