“Você não, tem o direito de recusar um teste, essa é a regra. No ciclismo se você se recusa a fazer um teste, é considerado positivo de forma automática. Na gama de substâncias dopantes, existem aquelas que só podem ser detectadas em um período de tempo muito limitado, se você não testa antes do início ou durante o jogo, os vestígios podem ser eliminados do seu corpo.”
“O fato dele ter recebido apenas uma advertência é surreal. Se a autoridade antidopagem fazer seu trabalho, Djokovic deve ser suspenso.“ concluiu Madiot que é um dos maiores incentivadores do MPCC (Movimento por um ciclismo credível), entidade que limita os métodos e procedimentos do ciclismo em busca de um esporte livre do estigma do doping.
Novak Djokovic não conhecia o protocolo
Durante a preleção (que no ciclismo é chamada de congresso técnico), os capitães de cada seleção foram informados do protocolo em que poderiam ser feitos testes antes e depois dos jogos. Para a imprensa sérvia, Djokovic não economizou:
“É a primeira vez que isso acontece comigo em vinte anos no circuito. Não faz sentido fazer (o teste) antes, quando ainda estarei no local após o jogo. Ainda não completei a verificação, mas já forneci uma amostra de sangue. Eles me avisaram 90min antes da partida. Tenho minhas rotinas pré-jogo e não preciso pensar em doar sangue ou urina nessa hora. Sempre defendi os testes, mas não antes dos jogos.”
Toda essa discussão passa então para outra esfera, o porquê do controle ser mais flexível com os tenistas e muito mais rígido com os ciclistas. No caso de um ciclista se negar a fazer o controle, a punição pode chegar até a 8 anos de suspensão.