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Mundial de Gravel tem vitória belga e francesa na Itália!

As estradas de terra batida e cascalho na região do Veneto foram palco do primeiro campeonato mundial de Gravel com vitória deo belga Gianni Veermersch no masculino e da francesa Pauline Ferrand-Prevot no feminino.

Gianni Vermeersch é o primeiro campeão mundial de Gravel

A região do Veneto na Itália recebeu o primeiro campeonato mundial de Gravel. O circuito organizado por Filippo Pozzato foi muito criticado por alguns especialistas em Gravel e elogiado por outros, especialistas em estrada. Isso já dá a medida para o que foi a prova, uma disputa intensa de 194km que evitou trechos mais acidentados.

Gianni Vermeersch campeão mundial Gravel | Foto UCI

Contando com uma linha de profissionais e ex-profissionais de estrada como estrelas, vimos Mathieu van Der Poel trabalhando muito durante a prova enquanto na ponta Gianni Vermeersch escapou com o italiano Daniel Oss. A dupla estabeleceu uma vantagem para não ser mais alcançada, porém no final Vermeersch atacou para deixar OSS para trás e vencer o primeiro mundial de Gravel da história. Acompanhe os melhores momentos:

https://www.youtube.com/watch?v=Qm7ryDfZNu8

Daniel Oss chegou logo depois para conquistar a medalha de prata e primeira medalha do ciclista em disputas pela seleção italiana, fato que ele destacou com muita alegra. Em terceiro Mathieu van der Poel completou o pódio após se defender de um ataque de Greg van Avermaet no final.

Pódio Masculino do Mundial Gravel | Foto UCI

Pauline conquista décimo quinto título mundial na carreira

Entre as mulheres a vitória ficou com a francesa Pauline Ferrand-Prevot no sprint contra a suíça Sina Frei. Desde a metade da prova o grupo líder era claro com seis ciclistas que depois foi reduzido para quatro ciclistas com Sina Frei, Chiara Teocchi, Pauline e Jade Treffeisen.

O quarteto entrou no quilômetro final muito próximo e um ataque da suíça Sina Frei quebrou o grupo e no sprint Pauline venceu seu décimo quinto título mundial com Sina em segundo e logo atrás Chiara Teocchi em terceiro.

Pódio feminino do Mundial Gravel | Foto UCI

Críticas e elogios ao evento não faltaram

Um circuito para Gravel onde bicicletas de estrada foram a escolha certa para a disputa, assim foi o mundial de Gravel em sua primeira edição. As criticas passam também pelo modo como os ciclistas foram apresentados na formação do grid com as estrelas da estrada tomando a frente de nomes importantes da cena gravel como Adam Blazevic, Lachlan Morotn e Lauren de Crescenzo. O fato foi lembrado por Nicholas Roche (ex-ciclista WorldTour) via twitter:

“Ei UCI, me relembre qual mundial acontecerá amanhã? Eu estou certo que a prova é chamada de Mundial Gravel e não Mundial de Estrada” disse o irlandês.

Peter Sagan durante o mundial de Gravel | foto Sprint Cycling Agency

Com o grid mesclado de ciclistas de estrada que tem o hábito de disputa por suas seleções, os ciclistas do WorldTour tiveram grande domínio na prova. Peter Sagan deu sua versão da prova:

“Eu fiz a Unbound nos EUA, mas a prova tem uma pegada diferente, não era uma corrida mas um passeio entre as pessoas. A corrida do mundial foi muito dura. Vejo o gravel como uma disputa mais dura que uma clássica e no mundial não houve uma organização como equipes, é muito importante nesse tipo de corrida estar nos primeiros grupos.” disse Peter Sagan, 14º colocado.

Durante a Live no canal Bike Guru sobre o mundial de Gravel, conversamos com Juliano Ryder  (organizador do biking Man) e Magnus Cesar, embaixador da Specialized sobre o tema. A síntese do papo foi que o mundial não ofereceu um percurso que exigisse do ciclista a opção pela bicicleta de Gravel, ou seja não foi um percurso duro o suficiente para o ciclista dizer “ai minha bicicleta de estrada não serve”.

Em 2023 o mundial de Gravel acontecerá na mesma região do Veneto e será organizada novamente por Pippo Pozzato, fica a expectativa que sejam adicionadas exigências ao circuito que forcem os atletas a escolherem as bicicletas de gravel.

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