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Sexismo no ciclismo: Equipe sub-23 rejeita ex-ciclista Tara Gins por fotos sensuais!

Sabe aquelas notícias que você precisa reler para acreditar? O Het Nieuwsblad, um dos principais jornais belgas publicou a história que envolve a ciclista Tara Gins, que em seu último ano como profissional, defendeu as cores da Memorial Cycling, equipe brasileira UCI Women’s.

Tara Gins com uniforme da Memorial Ciclismo na Bélgica | Foto Arquivo Pessoal

O motivo parece tolo, mas é muito sério. Após acordo verbal, uma equipe de ciclismo belga voltou a trás na contratação de Tara Gins como diretora esportiva por um único motivo: Suas fotos sensuais.

“Sim, alguns pais expressaram preocupação com as fotos nuas. E somando com outros fatores, ela não se encaixa em nosso projeto de equipe júniores” disse Olivier Onberbeke, gerente da Jong Wielertalent.

Tara Gins contou a história através das histórias do seu perfil no instagram, e não consegue digerir esse preconceito. Segundo ela, foi contatada para ser treinadora da equipe júnior, dirigida por Onberbeke:

“Tive um acordo verbal para começar a trabalhar como diretora esportiva nessa temporada. Uma equipe masculina, onde trabalharia com as jovens promessas e elite. Isso é algo que realmente me deixou anciosa, pois é a direção que pretendo tomar na carreira. Mas as fotos sensuais mudaram o rumo das conversas.” Contou Tara.

Tara Gins finalizou resiliente: “Não me importo agora que deu para trás, provavelmente é melhor assim. Não quero trabalhar com pessoas que não enxergam minhas capacidades e apenas acompanham o rebanho. No ciclismo há muito pensamento fechado.”

Sexismo no ciclismo

O tema já foi abordado aqui no Pelote Ciclismo, dois anos atrás em texto escrito pela correspondente Estela Farah que você pode ler aqui. Exemplifico a atitude com a imagem de um dos mais queridos ex-ciclistas, o italiano Mario Cipollini. Que bem, promove sua marca de bicicletas como veio ao mundo:

Mario Cipollini nu sobre a bicicleta em peça publicitária | Foto Divulgação

Durante sua longa carreira, Cipollini acumulou 191 vitórias, sendo 42 etapas no Giro d’Italia, e posso sem medo de errar afirmar que se Cipollini quisesse treinar qualquer equipe de jovens, o faria e seria celebrado pelos mesmos pais que vetaram Tara Gins.

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