Quando milímetros fazem a diferença!

Luiz Papillon

A CyclingTips, magazine eletrônica australiana com foco em ciclismo de estrada tem uma coluna chamada “The Secret Pro”, ou o Profissional Secreto em português, na coluna de dezembro passado o profissional anônimo fez considerações sobre o caso do resultado adverso de Froome e sobre as bicicletas que os profissionais utilizam.

Chama atenção as informações de bastidores em especial do desempenho de peças e bicicletas, a exemplo a troca que a Astana fez das rodas Vision para Corima e o comentário:

A marca usa provavelmente o nome Vision (Visão) unicamente porque você vai tão devagar nessas rodas que você pode desfrutar de toda paisagem,você sabia que as powerbars viram pedras quando estão mais geladas? Boa sorte tentando as comer durante as clássicas (de primavera). Alguns óculos fazem seus olhos lacrimejar como louco, como se eles estivessem direcionando o vento para seu globo ocular.

Specialized, Canyon e BMC a frente

 

Nas bicicletas em si, o consenso comum é que Specialized, Canyon e BMC estão um passo acima das demais. Certamente Giant, Bianchi, Cervelo e Pinarello são excelentes , mas quando a diferença é em milímetros, uma bicicleta brilhante pode fazer toda diferença.

As vezes você não precisa sequer conversar com outro ciclista para compreender que o equipamento é ruim, ligue a TV durante uma corrida chuvosa e observe que algumas equipes sofrem mais quedas do que o normal. É surpreendente como alguns pneus podem ser ruim. Alguns anos atrás você poderia garantir que nenhum ciclista usando pneus Vittoria venceria uma corrida na chuva. As boas notícias para as equipes que utilizam pneus Vittoria é que eles melhoraram muito e são bons agora, entre os melhores. Relembre a etapa chuvosa da Paris-Nice alguns anos atrás quando os pilotos da Sky caiam? Eles estavam com Veloflex, se eu relembro corretamente, mas eles trocaram logo depois.

 

Na chuva, nenhuma marca é sequer perto da qualidade da Continental. A Sky atualmente compra ou costumava comprar pneus Continental ao invés de ter um patrocinador ruim.

A maioria das equipes deixa seus ciclistas livres para escolher qualquer sapatilha. Na minha opinião, seria sensacional se fosse aplicado aos selins também. Mas algumas equipes não permitem nem a escolha das sapatilhas. Nessa temporada (2017), ciclistas da Movistar e Bahrain tiveram que utilizar Diadora ou Sidi respectivamente. Mas há um meio de corrigir isso, se você ver algum ciclista utilizando cobre-sapatilhas no meio do verão, já sabe o porquê.

 

Nós sabemos que o principal ponto da performance do ciclista é o treinamento, mas quando chegamos no patamar onde pequenos detalhes fazem a diferença para o degrau mais alto é bom ter artigos como esse para nos direcionar.

 

 

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