Neste domingo começa a 76ª edição da Paris Nice percorrendo 1198,5km, abrindo a temporada de ciclismo na ESPN inclui vinte e sete montanhas em oito etapas. Dentre os favoritos a vitória na classificação geral destacamos Daniel Martin, Tim Wellens, Ilnur Zakarin, Olivier Naesen, Jakob Flugsang e os franceses Julian Alaphilippe, Warren Barguil e Tony Gallopin. Para vitória nas etapas planas os sprinters que destacamos são Arnaud Démare, André Greipel, Dylan Groenewegen, Elia Viviani, Matteo Trentin e Marcel Kittel.
Equipes Participantes
Como evento do Circuito Mundial UCI (UWT), 18 equipes estarão presentes, acompanhadas das equipes convidadas, todas francesas:
- Cofidis
- Direct Energie
- Delko Marselle
- Fortuneo
Etapas
A organização planejou uma competição com vários sabores para o amante do ciclismo, a primeira etapa termina com uma subida de 1900m com 6% de inclinação média e os últimos 500m em paralelepípedos. A segunda etapa novamente final com rampa de 4% em 500m. Na terceira etapa 210km para sprinters e a chance de ventos cruzados. A quarta etapa é um contra relógio individual.
Na quinta etapa a prova segue para os alpes marítimos num falso plano. Na sexta etapa seis montanhas intermediárias com uma montanha curta e dura de 1.800m a 10% de inclinação média. A etapa rainha da prova é a setima etapa com quatro montanhas intermediárias e chegada em montanha numa escalada de 16.2km a 6.2% de inclinação média. O final da Paris-Nice 2018 tem seis montanhas intermediárias antes de uma descida de 9km para Nice. A Col des Quatre Chemins é a última subida com 5.5km e 5.5% de inclinação média.
1 | Chatou – Meudon | 134,5 | km |
2 | Orsonville – Vierzon | 187,5 | km |
3 | Bourges – Chatel Guyon | 210 | km |
4 | La Fouillouse – Saint Etienne | 18,5 | km |
5 | Salo-de-Provence – Sisteron | 165 | km |
6 | Sisteron – Vence | 198 | km |
7 | Nice – Valdeblore La Colmaine | 175 | km |
8 | Nice – Nice | 110 | km |
História
Disputada desde 1933 a corrida foi criada para promover dois jornais o Petit Paris e o Petit Nice por Albert Lejeune, aos poucos a prova recebeu apoio de outros jornais importantes como o L’auto e o Ce Soir (em português A noite) braço na imprensa do Partido Comunista francês.
A prova só deixou de ser disputada durante a segunda guerra mundial e voltou a ser disputada em 1946 organizada pelo Ce Soir. Uma curiosidade é que Albert Lejeune foi sentenciado a morte em Nice por colaboração com a ocupação nazista e executado em Marselha, em 1946 o jornal Ce Soir organizou a prova que sem patrocínio deixou de ser disputada até 1950. Em 1951 o prefeito de Nice reviveu a prova com o nome Paris-Côte d’Azur e em 1954 voltou ao nome original, após trocar de nome e mãos mais um par de vezes em 2000 o ciclista Laurent Fignon comprou a corrida e a repassou para a ASO em 2002.
A prova de 2003, primeira sob tutela da ASO ficou marcada com a trágica morte do cazaque Andrei Kivilev após uma queda. A tragédia levou a UCI a determinar o uso obrigatório do capacete em provas de estrada. A classificação geral foi vencida pelo também cazaque Alexander Vinokourov – atual diretor esportivo da Astana – que subiu ao pódio com uma imagem do colega falecido.
As polêmicas envolvendo a Paris-Nice seguiram, em 2008 na queda de braço entre UCI e ASO o então presidente da UCI ameaçou suspender as equipes que largassem na prova mas a associação das equipes votou contra a UCI e a prova aconteceu. Após esse evento a Velon foi criada com o intuito de ser um braço de organização de provas sem a ASO.
Vencedores
O maior vencedor da Paris-Nice é o irlandês Seán Kelly com sete vitórias, Jacques Anquetil venceu cinco vezes. Entre os atuais competidores o espanhol Luis Leon Sanchez e o colombiano Sergio Luis Henao venceram uma vez cada. Ao contrário da temporada 2017 onde os grandes destaques correram a prova, neste ano os principais nomes do ciclismo disputam a italiana Tirreno-Adriático.