As indicações ao prêmio máximo do cinema foram divulgadas hoje e o documentário sobre o doping no ciclismo Ícaro (Icarus em inglês) foi indicado na categoria Melhor Documentário.
O filme de duas horas esta disponível na plataforma de stream Netflix conta a história do cineasta e ciclista Bryan Fogel que tem o plano de utilizar EPO antes de uma competição. Ele queria inicialmente apenas expor as falhas de protocolo da WADA (Agência mundial anti-doping) mas durante as filmagens o documentário toma um curso totalmente diferente quando ele esbarra em Grigory Rodchenkov o cientista russo responsável pelo laboratório Russo antidoping e que acaba com a suspensão do atletismo russo dos jogos olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.
Confira o Trailer:
A ideia de Bryan Fogel surgiu em 2012 quando Lance Armstrong desistiu de seu direito de defesa no processo da USADA que culminou com a perda de seus sete títulos do Tour de France e um ano após a confissão à Oprah Winfrey a TV americana que foi vista em 190 nações e mais de 30 línguas. Fogel então conseguiu U$350.000 com um amigo investidor para fazer Ícaro, ele contratou um time com técnicos e nutricionista além do cientista russo Rodchenkov.
O que deveria ser uma versão ciclística de “Supersize Me” (em português recebeu o apêndice A Dieta do Palhaço) acabou por virar um verdadeiro thriller no entorno de Rodchenkov, o escândalo do doping sistemático russo e a fuga do cientista para os EUA.
Durante o festival de cinema de Sundance o documentário foi vendido para a Netflix por cifras ao redor dos cinco milhões de dólares.