Neste final de semana se encerra o Mundial de Ciclismo de Doha no Qatar. Antes de falar é preciso um reflexão crítica acerca da escolha do Qatar, ao contrário das provas na Europa, Estados Unidos ou mesmo na Argentina, o público faria seu show a parte, enquanto no Qatar a paisagem bucólica do deserto sem os fãs torna o espetáculo insosso.
No sábado a prova feminina faz um trajeto distinto do masculino fazendo as mesmas sete voltas no circuito da ilha artificial Pérola do Qatar com 134.5km e no domingo é a vez da elite mundial masculina percorrer 257.5km.
Sem subidas, o vento o calor e as curvas fechadas fazem dessa prova única. Podemos prever ataque atrás de ataque em tentativas de fuga e a queda de braço entre controle e fuga vai definir tudo. Este ano no Tour do Qatar a segunda etapa passou por boa parte do circuito do mundial, a etapa fechou com sprint massivo tendo Kristoff, Cavendish, Avermaet, Boasson Hagen e Sacha Modolo entre os primeiros, mas não da para comparar uma etapa com equipes controlando a fuga com um mundial.
Embora muitos cravem os favoritos começando por Sagan, gosto de analisar um pouco as equipes nacionais:
Austrália: Michael Matthews, Caleb Ewan, Luke Durbridge e o super gregário Mathew Hayman ganhador da Roubaix esse ano. Tem possibilidade de lançar duplas em fugas, queimar gregários em perseguições e estar pronta para um sprint.
Bélgica: Boonen, Avermaet e Iljo Keisse são os destaques, tanto Boonen como Avermaet para uma fuga longa ou ataque próximo do final.
Colômbia: Chaves, Gavíria, Pantano e Rigoberto, é partir para fuga atrás de fuga com o Gavíria esperando o sprint.
França: Bouhanni para o Sprint
Grã Bretanha: Cavendish e Luke Rowe para o Sprint, Cummings e Geraint Thomas para as fugas.
Alemanha: Greipel e Kittel para o Sprint, Degenkolb e Martin para fugas
Itália: Elia Viviani e Giacomo Nizzolo para o sprint.
Holanda: Dumoulin para o sprint, Terpstra para fuga.
E tem o Sagan… que pode ir para o sprint, para fuga longa, para o ataque no final… chegou antes de todos para acostumar com o calor infernal e já declarou que não tem nada a perder.
Pudesse imaginar uma fuga faltando 40km par ao final, ela teria Tony Martin, Peter Sagan, Avermaet, Terpstra, Matthews e Boonen. O podio seria Matthews, Sagan e Boonen. Já uma chegada no Sprin, minha aposta é em Kittel pela forma e Greipel pela experiência, o pódio seria Greipel, Viviani e Bouhanni.
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