Purito quando acerta…

Luiz Papillon

TdF – Etapa 12 – Eu não sei o que foi mais impressionante hoje, Purito fazendo das suas e acertando em cheio ou o desempenho absurdo da Sky (Walker). Purito atacou a fuga na hora perfeita, meteu um passo muito consistente, buscou quem estava a sua frente e venceu a etapa com folga. Por sua vez, a Sky estava mais blindada que o Sarney com o escudo do Capitão América.

purito

A história de hoje começou com uma fuga que saiu na metade da etapa e abriu 6 minutos para o blocão controlado pela Sky. Na subida do Col de la Core, a antepenúltima do dia, Lieuwe Westra e Fuglsang apertaram o passo, fazendo o grupo da frente se desmontar inteiro. Porém, a 75 km para a chegada, quem conseguiu abrir vantagem foram Kwiatkowski, Preidler e Vanmarcke. Todavia, os três lideres não conseguiram se distanciar muito e logo Preidler peidara na tanga.

No começo da última subida do dia (uma HC desses da cair as pernas), Kwiatkowski atacou Sep Vanmarcke e abriu uma vantagem considerável. Enquanto isso, Purito atacava de dentro do grupo perseguidor sendo seguido por Fuglsang e Bardet. O Francês ficou a maior parte do tempo de roda, só acompanhando as constantes acelerações de Purito e Fuglsang. Mas, há 8 km da chegada, Joaquin meteu aquela puritada e foi-se embora. Rapidamente ele chegou em Vanmarcke e depois em Kwiatkowski. Depois disso, não foi ameaçado por ninguém e seguiu forte até a chegada. Fuglsang passou em segundo e Bardet em terceiro.

Já no pelotão do camisa amarela as coisas foram um pouco diferentes. A Sky controlou por boa parte do tempo, principalmente na última subida. Mantendo o passo constante, eles neutralizaram todos os ataques dos concorrentes com uma facilidade ridícula.

O primeiro a tentar a sorte foi Alberto Contador. Nesta hora, quem estava na frente do pelotão era Porte – o Stormtrooper particular de Froome. O Bife acelerou, mas Porte simplesmente manteve o passo para trazê-lo de volta. Depois, foi a vez de Nibali jogar os dados. Porte manteve a situação sob controle até que Valverde acelerou com força, trazendo o resto do pelotão em sua roda. Depois de alguns instantes, Valverde mandou outro XABLAU e acabou com a alegria de Nibali, que agora estava de volta ao grupo.

Chegava então a hora do ataque do Mario da Quitanda. O homenzinho dos Andes pulou com força e finalmente Porte quebrou. Porém, Froome tinha mais uma carta na manga: Geraint Thomas, que acabou trazendo Quintana de volta para o grupo. Logo em seguida, Froome ainda acelerou sem fuck no Power meter e foi alcançado por todos.

Depois disso, Thomas manteve-se na frente, impossibilitando qualquer tentativa de ataque até o final da montanha. O único que conseguiu escapar das garras da Sky com um sprint final foi Valverde. Mesmo assim, Froome foi a sua captura e cruzou a linha de chegada a frente de Nairo Quintana. Para mim, essa última subida foi uma verdadeira brincadeira de gato e rato – só que o rato não tinha perna e o gato estava só se divertindo antes de comer a cabeça de sua presa.

Na luta pela geral, todos chegaram praticamente juntos, inclusive Contador e Nibali – um coral de igreja canta aleluia ao fundo.

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