Quem já viu comédia inglesa deve ter percebido que as pessoas da Terra da Rainha têm um senso de humor meio estranho – sempre acido e corrosivo, sem muita dó nem piedade. Talvez isso explique a maldade que é o time da Sky.
Olhando a etapa de hoje, percebemos (mais uma vez), que os caras podem até não saber fazer comida, mas certamente sabem como tocar uma equipe de ciclismo. Assim como ontem, a frente de pelotão de hoje também ficou boa parte do tempo pintada de preto, não dando muitas chances para a fuga levar a corridinha de domingo.
Por falar na etapa, ela transcorreu dentro da normalidade até 75 quilômetros da meta. Neste exato momento do espaço tempo, Tony Martin ligou seu gerador de dobra e atacou a fuga formada por 13 atletas. O alemão brilhou muito no Corinthians até a base da última subida – onde foi reabsorvido pelo grupo perseguidor.
Durante todo esse processo, a Sky vinha puxando o bloco mais rápido do que o PJ-A embalado na raia. Quando o grupo entrou no começo da última subida, o Tuba botou na frente para armar um ataque do Scarponi, que aconteceu a 5,5 km da chegada e durou uns 2 segundos. O italiano ainda forçou o ritmo bastante tempo na frente, mas não conseguiu se livrar dos gregários da Sky – Bringing a knife to a gunfight?
Purito também tentou, mas acabou alcançado numa clássica puritada. E assim a brincadeira foi até 2,5km da meta, quando Poels abriu de lado e deu passagem para Froome, o ET mais rápido deste lado de Varginha. Van Garderen ainda relutou e manteve-se perto de Froome por alguns instantes, mas perdeu velocidade e foi pego por Rui Costa (VAAAAAIII, PORTUGAAAA) e Yates.
Froome abriu vantagem e cruzou em primeiro, levando a etapa e o título na geral. O grande Rui Costa foi o segundo e ficou em terceiro na geral. Já Van Gerderen ficou em quarto na etapa, mas assegurou o segundo posto na briga pela GC.
E agora a gente fica aqui torcendo para o TdF começar logo – e que ele venha com a mesma dose de emoção deste CdD. Falow, negada.