Ed Braz wrote:Pô Roma, sem capivara, mas pode mandar a ata oficial aí.
Legal! Vou mandar a ata e já esclareço aqui pra turma que decidi parar de puxar a capivara porque eu achei que isso poderia inibir a galera a vir conosco, a galera nova e a galera velha também.
Mas a ata de reunião oficial, vou mandar uma breve aqui pra registrar o nosso diário de bordo.
ATA OFICIAL
Fizemos o pedal no horário de costume. Ao chegar na Mooca já éramos sete membros, isto é, passamos na Pan só pra pegar o Japa, mas chegando lá tivemos o privilégio também de desfrutar da presença do Érico! E pudemos encontrar o Marino, lá na Pan. A gente foi pela Band. Eu achei meus novos pneus bem amarradinhos, mas nada que tivesse comprometido demais o treino, apenas rola bem menos que o Michelin e são menos confortáveis também (mas estou aprendendo a gostar deles). Mas, voltando, fomos pela Band, cortamos no rodoanel, subimos todo o Rio Acima, Ed, Clayton e eu viemos de boa papeando, o que permitiu ao Japa acompanhar nosso passo até certa altura (até certa altura, porque depois ele atacou e foi embora!, na volta). O Nando, que rodou duzentão, furou quatro vezes, quase batendo meu recorde. A galera cortou (deu um pelé) - Érico, Rodolfo e Perella - a parte do Rio Acima e foi direto subir as costas da Serra da Cantareira, via Roseira. Voltando do Rio Acima, Clayton, Ed e eu estávamos de boa quando o Ed resolveu fechar o corpo para a prova do Granfondo. Para tanto, necessitou matar um animal e banhar com seu sangue o garfo de sua bicicleta. Mas, falando sério: vínhamos de boa, papeando quando uma família de galinhas estava atravessando a rua. Observando a instabilidade à frente, soltei um
cuidado e diminui a velocidade. As galinhas estavam já mais do lado de lá do que de cá, mas uma moto veio rápido e assustou as aves que desembestaram-se para baixo da bike do Ed. Ed matou o filhote caçula. Caiu e ficou no chão. Ao vermos isso, Clayton e eu já corremos para ajudar: mas não teve jeito, não havia mais nada a se fazer, pois o galináceo veio a óbito. Agonizando de dor e sofrendo muito, eu ainda soltei um "Clayton, tu que és o mais corajoso entre nós, desfira o golpe de misericórdia". Mas não foi necessário, o bicho desfaleceu em seguida. Clayton pegou o bichinho, fez o nome do pai, e o colocou numa pequena cova aberta como um sulco com a sua sapatilha na terra. Depois desta cerimônia toda é que fomos ver se o Ed estava bem, porque até este momento todo, ele estava no chão ainda. Demos uma bronca nele por ele ter atropelado a ave, obviamente, mas o perdoamos, pois foi sem querer. Seguimos viagem. Subimos a Roseira na manhã no gato e consegui fazer o meu pior tempo já feito lá, porque me deu uma mistura de preguiça com vontade de assistir Sessão da Tarde no sofá. Perella já estava na padoca. Rimos, conversamos e tal. Descemos o Green Garden. Parei no meio só pra deixar minhas rodas esfriarem e notei que o Perella era o único que não tinha passado ainda. Aguardei meio minuto e nada... já pensei que algo tinha acontecido. Vai lá eu subir o Green Garden com 150km nas costas. Mas logo visualizei o Perella com sua câmara derretida. Pois bem, trocou a câmara, usou CO2, necas. Pôs outra câmara, usou um CO2 que eu tinha, necas. E por fim, no terceiro CO2 para encher uma câmara, conseguiu. Vale lembrar que eu já furei lá e Liter me ajudou. O Nando também, e desta vez o Perella, e em certa ocasião o Storopoli furou e eu e Artur o ajudamos. Não sei, talvez ali esquente os pneus e tal e algum grampinho que já está por ali no pneu acaba por penetrar de vez. Uma teoria, sei lá. Ou azar mesmo. Vai saber... Por fim, e pela segunda vez, uma gatinha no carro direcionou elogios pra minha bicicleta. Eu fiquei pomposo. Mais por ser uma gatinha do que por ser elogio para minha chinoca, é claro. Voltamos forte pela Marginal Tietê, velocidade dos carros, agora que o limite lá é miúdo. Clayton e eu subimos Salim de boa, viaduto feito loucos, e fui até a Vila Alpina com Nando que continuou por mais alguns km até a sua casa lá no ABC. Em resumo: pedal épico, sensacional. Foi show. Quase 200km, muitas risadas, muitas aventuras e um pequeno acidente com o Ed que não tirou o brio (gostou, Perella, brio!) do rolê, já que foram alguns ralados e ele está bem e sua bike não foi danificada. Enfim, pedal incrível, um dos top 10 de mais bacanas que fizemos, eu diria, fácil.
#IS WE
#LUTO DO FRANGO
# PREPARAÇÃO PRO GRANFONDO COM SACRIFÍCIO