Paris Roubaix – Os paralelepípedos

Neste domingo acontecerá a 117ª Paris Roubaix. Como aperitivo para a 3ª monumento do ciclismo na temporada de clássicas, elaborei uma série de textos contando um pouco da história da rainha das clássicas. Confira a primeira parte:

Paris Roubaix – O Inferno do Norte

 

A ESPN promete transmissão a partir das 10h da manhã ao vivo na ESPN2. Os melhores ciclistas do mundo percorrerão 257km em busca de um pedaço de pedra. Mas você conhece a história dos pavés? Falamos um pouco dos paralelepípedos mais famosos do mundo e o pedaço de pedra mais saboroso do mundo:

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Fabian Cancellara – Vencedor da Paris Roubaix em 2006, 2010 e 2013

Durante muitos tempo não havia destaque algum para provas disputadas em paralelepípedos. Simplesmente por conta de que as estradas eram construídas em paralelepípedos. Após a segunda guerra mundial, a Europa viveu um período de reconstrução e revolução de seus sistemas de transporte. Passou a ser importante para as cidades se adequarem a “era do automóvel”. Com o advento da transmissão pela televisão as cidades passaram rapidamente a modernizar suas vias, ninguém queria ter uma imagem ligada ao passado.

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Publicações como a L’Équipe chegaram a dizer que os pilotos não mereciam os paralelepípedos. O editor da L’Équipe chegou a classificar Paris-Roubaix como “a grande loucura do ciclismo”. Com tantas provas em asfalto, Paris Roubaix acabou tornando-se uma referência em prova de paralelepípedos.

Les Amis de Paris Roubaix

Em 1967 o percurso começou a migrar procurando os pavés, já que as estradas não eram mais construídas em paralelepípedos e sim em asfalto. E assim foi sendo criado o mito dos paralelepípedos. Desde então fanáticos pela história dessa monumento vem lutando pela manutenção dos trechos de pavés. A associação “Les Amis de Paris-Roubaix“, criada em 1983 investe anualmente entre 4.000 e 6.000 euros para cada um dos 27 trechos de pavés. A manutenção e preservação dos trechos de paralelepípedos é importantíssima para manutenção do espírito da prova. Outro mérito é que a associação faz toda manutenção praticamente sem apoio governamental o que é fantástico.

Toda organização é sem fins lucrativos, além da doação de tempo e dinheiro de cada participante, a associação também vende souvenirs:

Cada trecho de pavé é catalogado de uma a cinco estrelas, sendo cinco o melhor e mais confortável trecho e um o trecho mais com mais lama, irregularidades e duro. E aqui uma réplica do pedaço de pedra mais disputado no ciclismo:

Trophy

 

No próximo texto os vencedores de Roubaix.

Os vencedores de Paris Roubaix

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