O míssil está de volta!

Luiz Papillon

TdF – etapa 7 – Hoje, Mark Cavendish apertou o botão do nitro modelo Velozes e Furiosos para atropelar todo mundo no sprint final da sétima etapa do TdF. Amplamente criticado nos últimos dias (semanas, meses, anos), o homem da ilha de Man acertou seu posicionamento com perfeição, levando a etapa sem seu costumeiro trem.

 

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O dia começou com uma fuga de tamanho médio. Nela, Daniel Teklehaimanot consolidou sua camisa branca de bolinhas. O pelotão vinha rodando em velocidade de cruzeiro, enquanto a fuga ia se desmontando lentamente ao longo da etapa.
Os últimos escapados foram capturados a 11km da chegada. A partir deste momento, o bloco começou a acelerar cada vez mais – esta é a última etapa antes dos Pirineus que pode ser vencida por um velocista.

A 3km da chegada, as equipes de sprinters começaram a lutar pela frente do pelotão – parecia nego querendo entrar no vagão na Sé. Porém, a 1 km da linha, a Katusha rebocava Alexander Kristoff, o primeiro a acelerar. Percebendo o movimento, André Graipel lançou seu sprint, trazendo Cav e Sagan lado a lado em sua roda. Os três seguiram em alta a velocidade para a chegada – uma leve subida em curva para a direita.

Com a paciência de um homem que acompanha sua esposa na loja de sapatos, Cavendish esperou o momento certo para sair da roda de Greipel. Ele e Sagan abriram o acelerador simultaneamente, mas o eslovaco ficou com o lado de fora da curva.

Cavendish foi mais homem do que todas as cantoras de MTB juntas, meteu por dentro e despejou todos os watts que ele podia, levando a etapa de forma brilhante. Greipel conseguiu segurar Sagan e terminou em segundo. O Saganator é animal, mas Graipel é sprinter, ele não.

O desempenho do Cav hoje sem seu trem embalador serve para mostrar que, querendo ou não, ninguém ganha tantas etapas do Tour de France a troco de nada. O cara é um grande sprinter mesmo – e olha que eu nem gosto dele.

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Final da Etapa.

https://www.youtube.com/watch?v=raOQ7XI-DQc

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