E-bike, a experiência de pedalar a bicicleta elétrica

Luiz Papillon

A experiência de pedalar uma bicicleta elétrica pode ser bastante diferente do habitual. Há um preconceito que presume a e-bike mais próxima a motocicleta do que a bicicleta.  Durante o workshop sobre e-bike em São Paulo, convidados falaram sobre o tema.

Silvia Ballan

A jornalista Silvia Ballan, bike repórter do Insituto CicloBR, bike anjo e colaboradora do Bike é Legal falou sobre a experiência de levar a filha na garupa da bicicleta elétrica e de algumas dificuldades com a bicicleta elétrica como a opção de cadeirinhas para sua Sense que possui bateria na posição do bagageiro.

Dificuldades como subir degraus para transpor calçadas, buracos das vias brasileiras também foram tema do comentário de Renata Falzoni, bike reporter do Bike é Legal, que deu uma veradeira aula da evolução mecânica pelo qual passou a bicicleta elétrica.

A grande crítica recaiu sobre os modelos com quadros “femininos” no estilo holandês. Esse desenho típico foi desenvolvido para um piso com poucas obstruções, muito diferente do encontrado Brasil afora e que exige do ciclista um maior controle e força para ultrapassar obstáculos. Muito foi falado também sobre as políticas públicas quanto a bicicleta e mobilidade que você pode ler clicando aqui.

Já os modelos com direcionamento competitivo oferecem soluções que melhor favorecem a dinâmica do trânsito brasileiro onde o ciclista precisa subir guias, degraus, escapar de buracos, contornar carros estacionados entre outras dificuldades.

 

 

Em conversa com outros ciclistas a temeridade é que os vícios dos motoristas de automóveis sejam replicados no uso da e-bike. Na região da Faria Lima onde modelos elétricos são constantemente vistos, muitos relatos de abusos dos e-ciclistas com ultrapassagens perigosas, alta velocidade e ações pouco amistosas. A ebikestore, ofereceu aos participantes do workshop a experiência de testar os diversos modelos de e-bikes.

 

A Bicicleta elétrica

A bicicleta elétrica surgiu no final do século 19, criada em 1895 por H.W. Libbey recebeu direito de patente em 1897. A tecnologia das baterias sempre foi o grande empecilho para o uso em escala da bicicleta elétrica. Assim a partir da revolução causada pelo telefone celular e mercado de notebooks e tablets a tecnologia das baterias desenvolveu-se muito a partir do final do século 20, saindo de baterias de chumbo e ácido para versões de Lítio. Devido ao peso a o posicionamento da bateria na bicicleta influencia o balanço e equilíbrio.

Quanto mais baixo e central a posição da bateria melhor a dirigibilidade, as três posições mais comuns de posição da bateria são:

  • sobre a roda traseira
  • no tubo inferior
  • no tubo do selim

Além de toda preocupação com o uso da bateria há questão de descarte e reutilização assim como do risco de incêndio. Na Europa um modelo de armazenamento com auto-extinção de fogo em caso de incêndio já esta disponível para lojas e distribuidores.

Giant e-Plus, uma rara bicicleta de estrada elétrica.

O sistema motriz, ou seja o motor também tem papel fundamental na sensibilidade ao pedalar, ele pode ser posicionado no cubo de roda (dianteiro ou traseiro) e central, ou seja no pedivela. Além disso a forma de aplicação da eletricidade faz toda diferença, uma bicicleta que aplique muita potência de uma vez pode ser até perigosa em caso de descidas e curvas, assim o modelo por acelerador é vetado no Brasil e união europeia, pois se assemelham a um scooter elétrico e não propriamente a bicicleta.

Pedelecs – Pedal assistido, a partir de determinada potência aplicada no pedal o sistema entende que o ciclista esta precisando de ajuda e aciona o motor elétrico.

Acelerador – Sistema que permite o pedal assistido ou mesmo totalmente elétrico.

 

 

 

 

 

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