Diminuir congestionamentos, pagar menos impostos e ainda receber créditos por pedalar!

Luiz Papillon

Todo feriado prolongado São Paulo fica vazia, as pessoas comemoram o fato de 400.000 veículos deixarem São Paulo com destino as praias do litoral ou cidades do interior, o trânsito fica leve e até para pedalar fica mais tranquilo sem à agitação dos dias comuns. E se pudéssemos nos livrar desses 400.000 carros pelo resto do ano?

São Paulo – Corredor 23 de Maio

Na Bélgica 406.000 trabalhadores (9% da força de trabalho) recebem para pedalar para o trabalho. Um incentivo é pago pelas empresas e deduzido de impostos e os empregados podem deduzir esse valor em compras e manutenção de bicicletas. Juntos esses trabalhadores pedalaram um total de 420 milhões de quilômetros em 2015. O incentivo representou €93 milhões de euros em economia para esses trabalhadores que pedalaram em média 1.045km representando €230 em média de incentivo.

O pequeno reino europeu com apenas 11 milhões de habitantes (pouco menos que a cidade de São Paulo) tem expectativa de vida de 81 anos e é a pátria do ciclismo. Outros países como a França e Luxemburgo introduziram nos últimos anos incentivos similares ao belga.

Em São Paulo há pouco mais de um ano o então prefeito Fernando Haddad sancionou a lei do Programa Bike SP, em projeto de lei do vereador João Police Neto que pretende remunerar ciclistas que se desloquem ao trabalho de bicicleta, além de conceder incentivo às empresas que disponham de bicicletários na forma de desconto no IPTU, a remuneração se dará na mesma forma que o programa belga, com créditos a serem utilizados no bilhete único que passará a se chamar Bilhete Mobilidade, utilizado no transporte público. Os recursos para o programa virão do Fundurb onde são depositados os valores de Outorga Onerosa pagos pelas pessoas que constroem áreas maiores do que os coeficientes básicos permitidos.

Até o momento a Prefeitura de São Paulo agora sob o mandato de João Doria ainda não avançou na implantação do projeto sancionado em setembro de 2016 e que previa regulamentação em até 90 dias.

 

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