Claudio e Simone

Luiz Papillon

Nesse final de semana o ciclismo brasileiro chorou a trágica morte de Claudio Clarindo, em uma agressão que também lesionou o ultra-ciclista Jacob Amorim que terá um longo período de recuperação. Nesse mesmo final de semana em Florianópolis uma jovem de 28 anos foi assassinada, Simoni Bridi não era famosa mas cometeu o mesmo pecado de Clarindo, trafegar de bicicleta cumprindo as regras de trânsito.

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Ontem mesmo li relatos que colocam em dúvida a versão apresentada pelo motorista que assassinou Claudio, ainda que seja verdade que dormiu ao volante ELE TIROU A VIDA DE UMA PESSOA, pouco importa ausência de dolo para a família de quem partiu precocemente. No caso de Simoni, mais grave o assassino fugiu após a atropelar.

Nesta matéria da BBC, mostra que na Inglaterra pouco menos de metade dos motoristas que matam no trânsito vão a prisão por assassinar outra pessoa sobre uma bicicleta. Nos EUA mesmo um idoso é sentenciado a prisão por matar um ciclista.

Enquanto isso, aqui na terra dos índios nus convivemos com notícias como a  absolvição de Thor Batista, e a liberação sem grandes investigações de motoristas envolvidos em mortes. Basta dizer a frase mágica “foi sem intenção” e logo o motorista estará guiando novamente, sem curso de reciclagem, sem punição alguma.

Sem responsabilização, jamais teremos o Brasil como um lugar seguro para pedalar.

Fica o profundo pesar a todos amigos e familiares de Claudio, de Simone e de tantos outros que são derrubados diariamente por motoristas irresponsáveis e veem seus agressores impunes, fica aqui a dor e sentimento de que isso não pode ser esquecido:

NÃO FOI ACIDENTE

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